Assombração
Lá dentro
do frágil e pobre casebre
Mal
alumiado veste esfarrapada
Barriga
vazia a mesa sem nada
A velha
faminta um terço rezava
Lá fora um
louco
Com andar
de monstro
Feroz bem
armado
De foice
de faca
Ah que
noite sem lua
Dava até
pra pegar
No breu da
escuridão
Ah que
noite de fúria
Dava até
pra sentir
O peso da
assombração
Ligeiro o
ataque
A fera
uivou
Desespero
sem fim
De quem
não se sabe
A morte a
dor
Começou o
festim
Lá dentro
daquele casebre
A velha
ajoelhada
Da fome já
saciada
Com a boca
sangrenta vermelha
Agradecia
ao Diabo
A refeição
que mandara.//
Música 3962, R.Bozza.
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