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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Descrença, Nº 11646


Descrença

Ontem
Na minha santa inocência
No início da puberdade
O amor
Com requintes de indecência
Tramando obscenidades

Com a turbulência de um furacão
Bateu às portas do meu coração
Apavorada com tanto afã
Achei melhor esperar o amanhã

Depois
Na minha puta indecência
No auge da mocidade
O amor
Com arroubos de inocência
Jurando fidelidade

Sem truculência com mansidão
De novo às portas do meu coração
Desalentada com a falta de afã
Achei melhor esperar o amanhã

Hoje
Na terceira idade distante do afã
Tão só
Nada mais espero do amor no amanhã.//
Música 11646, R.Bozza.







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