Começo ou
fim
A qualquer hora
O espelho parte
Em mil pedaços de mim
É a vida que acaba
Ao ar sou jogado
Será o começo ou o fim
É gente que chega é gente que parte
Da mãe natureza a divina arte
Juntar separar
Unir destruir
Aí de repente
Na mesma história
O espelho se cola
Em mil pedaços de mim
Aí de repente
É a vida que volta
Acordo em outros braços
Será o começo ou o fim
É gente que chega é gente que parte
Da mãe natureza a divina arte
Juntar separar
Unir destruir.//
Música 2035, R.Bozza.
Renúncia
Maria do Carmo
Meu primeiro amor
Primeira namorada
Sempre a mais sonhada
Maria do Carmo
Um sonho que acordou
A gente tão criança cedo desfaz a trança
Logo desperta o sexo
Ela queria
Dos seus mistérios desses segredos
Que ironia
Eu tinha medos por causa deles
Perdi Maria
O mundo rodou
Um outro a levou
Das coisas do amor desisti
A vida passou
Meu tempo acabou
Mas dela nunca esqueci.//
Música 2090, R.Bozza.
O Amor e a
Cama
O amor pode escrever
Onde é fundamental
Pra poder sobreviver
Os conflitos lá da cama
É uma fogueira a arder
É folia é Carnaval
Perde pouco quem perder
De verdade não se ama
É só paixão
E quando acaba
O coração
Sempre consegue esquecer
Mas o amor que vai além
Dos desafios da cama
Não pertence só ao corpo
Nele a alma também ama
É puro e verdadeiro
Sempre faz bem nunca faz mal
Dura a vida inteira
Esse amor não tem final
Não acaba
É de fato um bem querer
E o coração
Nunca consegue esquecer.//
Música 2089,
R.Bozza.
Jogos de
amor
Do pesadelo medonho
Meu coração nem dá conta
De quanto tempo passou
Pela ilusão enganado
Vive sonhando acordado
Que ainda sou dono do amor
Pensa as rugas que dobram
Em sulcos a minha face
É simplesmente o disfarce
De um exímio jogador
Poderoso rei de ouros
Entre as indefesas damas
Que nas batalhas da cama
Eu sempre serei vencedor
Pobre coração sonhador
Tudo que podia vivi
Não vê que o jogo acabou
Que todas as fichas perdi
O jogo o tempo ganhou
Do mel da paixão desisti.//
Música 467, R.Bozza.
Não ponha fé
Quando a gente disse adeus
Sem um motivo qualquer
Nem uma gota sequer
Rolou dos olhos meus
Enquanto dos olhos seus
Um balde a derramar
Que ia me esperar
Ela jurou por Deus
Foi breve a separação
Fui venci voltei
Que amarga desilusão
Quanto fel provei
Já dera a outro o coração
Confesso chorei
A vida todo dia
Bate porém ensina
Sempre uma nova lição
Nas voltas desse mundo cão
Muita cautela ao por fé
Nas juras de uma mulher.//
Música 2226,
R.Bozza.
Só Dela
Ela sempre ela
Grudada pregada
No meu pensamento
Por ela por ela
São minhas canções
Minhas poesias
Meus devaneios
Minhas ilusões
Ainda é só dela confesso
O amor que trago
Do lado esquerdo do peito
Guardado trancado
Quando foi embora
Sem qualquer explicação
Por briga tão tola
Onde ninguém tinha razão
Foi golpe tão forte
Certeira flechada
Ferindo de morte
O corpo a alma.//
Música 2225,
R.Bozza.
Não Sei por
que
Não sei por que
Ainda estamos juntos
Não sei pra que
Alimentar esse rancor
O tempo passa
Roda o mundo
A cada dia
Mais aumenta nossa dor
Não sei por que
Ainda estamos juntos
Se entre nós dois
Já não existe mais amor
Fora da cama
A gente luta
Qual cão e gato
Dentro da cama
Falta ternura
Sobra cansaço
Não tem sabor
O nosso beijo
Falta calor
Falta desejo
Já virou cinza a paixão
Só resta separação.//
Música 2221,
R.Bozza.
O Amor e Eu
Ontem menino
Quando eu sonhava tolo sem
nada
Compreender de paixão
O peito ainda
Incoerente puro inocente
Aberto meu coração
Acreditando em Deus
O amor o doce amor
Essa desejada flor
Nunca me apareceu
Depois
Homem de barba cerrada
Quando não mais esperava
Até descrente de Deus
Não é que o amor
Então me apareceu
Morto de medo da desilusão
Fechei pra ele portas
janelas
Passei tramelas no meu
coração
Hoje cabelo cendrado
O rosto todo riscado
Amortiçada a paixão
Passado tempo demais
Com ele não sonho mais
Não tenho mais ilusão.//
Música 2212,
R.Bozza.
Golpe de Morte
Agora
Não tem jeito
É hora
Eu espero
De por as cartas na mesa
Sem artimanha ou falseta
Agora
Vamos sem medo enfrentar
Será espinho e flor
É hora
De salvar ou enterrar
Para sempre nosso amor
De fato a gente se ama
Dentro e fora da cama
Nunca falta carinho
Também não falta paixão
A gente tem que ser forte
Se a decisão for errada
Vai ser flechada de morte
No pobre do coração.//
Música 2211,
R.Bozza.
Promessas
No ano que passou
Eu paguei promessa
Pra me libertar
De um falso amor
Num lenço vermelho
Algo que era dele
Usei como prenda
A minha mãe aceitou
Iemanjá
Meu peito abriu em par
Toda tristeza toda amargura
Toda saudade
A Santa levou
Pro fundo do mar
No ano que chegou
Já paguei promessa
Pra Ela me mandar
Um novo amor
Num barco de vime
Colares e brincos
Usei como prenda
A minha mãe aceitou
Iemanjá
Meu peito abriu em par
Plantando ternura e
felicidade
De novo acendendo
A paixão o desejo
Que eu perdi de amar.//
Música 2210,
R.Bozza.
Uma História
Eu vou contar
Pra vocês uma história
Singular original
Eu vou contar
Pra vocês uma história
Sem princípio nem final
Era uma vez três amigos
Um solteiro e um casal
Não lembro bem
Acho que foi
Em um dia de semana
Uma noite de domingo
Seu olhar caiu no meu
Com um brilho esquisito
De um jeito diferente
E o pecado aconteceu
Como foi
Quando foi
Não sei
Só sei
Que era uma vez
Três ex-amigos
Ele ela
Ela e eu.//
Música 2203,
R.Bozza.
O Poeta e o
Carnaval
Em estertor se esvaía
O esperado Carnaval
Agonizava a folia
Com o nascimento do Sol
É o Momo
Um minuto
De tristeza de silêncio
Dor e luto
Um amargor que não mata
Roda o mundo
E com ele tudo passa
O poeta sabe
A vida é ilusão
Corre pra Mangueira
Lá tem um barraco
Lá tem o consolo
Para o seu coração
Lindas rosas na roseira
E outras flores pelo chão
Um cachorro um canário
Um pandeiro um violão
Um amor pra vida inteira
Sempre ardente de paixão.//
Música 2199,
R.Bozza.
Eu e o amor
Um belo dia
Com poesia
Eu acenei pro amor
Que vaidoso
Que perfumoso
Com meu peito se encantou
Em outro dia
Com ironia
Eu desprezei o amor
Que melindroso
Que orgulhoso
Desolado se afastou
O amor ah com o amor
Com essa dor
Não se deve brincar
O amor ah do amor
Dessa dor
Não se deve zombar
Ontem
Chamei por ele de novo
Que recuou temeroso
De outra vez se machucar
Hoje
Pencas de rugas no rosto
Tudo que resta é desgosto
Tudo que resta é chorar.//
Música 2189,
R.Bozza.
Loucura
É noite
De fria madrugada
Lá no céu
A lua acobertada
Por nuvens claras sombrias
Apagada luzidia
Lentamente entrevada
Loucamente em correria
Que noite triste linda
mágica
Imensa eterna ilógica
O corpo em chama
Rolo na cama
Bebo fumo insone
Choro por um homem
Que nem sei se me quer
Se tem ou não outra mulher
Desse amor doente
Dependo loucamente
Não aceitando outro alguém
Para meu desespero
Bate dentro do peito
O coração ele não vem.//
Música 2187,
R.Bozza.
Poesia
Era uma noite de luar
O céu de azul a cintilar
Iluminando a escuridão
Orvalhando a madrugada
Um poeta na calçada
O silêncio a solidão
O cigarro
A cachaça ardendo a boca
Lá no peito
Bate uma saudade louca
Desespero
A machucar seu coração
Ana Ana Ana
Um amor em desencanto
Ana Ana Ana
Um violão em acalanto
Ana Ana Ana
Lápis e papel na
mão
Entre bordões e primas
De muita dor
Foram surgindo as rimas
Por desamor
Desengano desilusão
Foi que nasceu essa
canção.//
Música 2183,
R.Bozza.
Nas voltas do
mundo
Nas voltas que o mundo roda
Quanto o Destino apronta
Um dia adoça
O outro maltrata
Muda tudo de lugar
Sem nos dar explicação
Sem ao menos perguntar
Se alguém quer ir ou não
Seja homem ou mulher
Traz e leva ilusões
Sempre faz o que bem quer
Com os nossos corações
Nas asas de muita ilusão
Eu Já chorei eu já sorri
Tudo que tem um coração
Para chorar para sorrir
No quanto rodei por aí
Todos os bens do amor
Tudo que traz essa dor
Eu já provei eu já vivi.//
Música 2182,
R.Bozza.
Quando um não quer
Se não há mais amor
Não há mais paixão
Se você já não me quer
Se em meus braços
Não se sente mais mulher
Se for assim
Então
Aceito a separação
Quando um não quer
Dois não brigam
Quando um não quer
Dois não ficam
Mas se a tristeza chegar
A saudade machucar
De arrasar o coração
Se sentir
Que ainda me quer
Mulher
Pode voltar sem precisar
Pedir perdão
Quando um não quer
Dois não brigam
Quando um não quer
Dois não ficam.//
Música 2180,
R.Bozza.
Fadário
Era uma vez
Um menino apaixonado
Sonhando
Com a fortuna e o amor
Sem saber que o Destino
Já traçara em seu caminho
Pouco dinheiro e um canteiro
De tristeza amargura e dor
Acontece ele tinha
Lá no céu uma santa forte
Que enfeitou um pouco a sorte
Desse fadário tão mortal
Em seu peito plantou o dom
De compositor musical
Por isso hoje
Velho de cabelo branco
Ainda é pobre
Sem ter um tostão no banco
Assim cumpriu-se à risca a profecia
Com o amor desencantado
Tem no peito lacerado
Um coração a transbordar de poesia.//
Música 2172, R.Bozza.
Não Dói Mais
Quando você me deixou
Sem sequer dizer adeus
Por tamanho desamor
Até culpei o bom Deus
Que desilusão
Maldisse a sorte
Foi golpe de morte
No meu coração
Sofri
Dos olhos o pranto rolou
Chorei
O peito cheinho de dor
Dias de desalento
De desventura amargura que tédio
Mas caridoso o tempo
Pro corpo pra alma é santo
remédio
Tudo cicatrizou
Já passou não dói mais
Com um outro amor
Hoje vivo em paz.//
Música 2171,
R.Bozza.
Jaci e Coaraci
Essa história de amor é tão linda
Sofrida doída de tristeza solidão
Ciúme traição
Jaci filha de Cacique
Prometida de Pajé
Coaraci um índio qualquer
Se amaram às escondidas
Com o Corpo e o coração
Enciumado o feiticeiro
Contra a princesa e o guerreiro
Lançou cruel maldição
Quando ele chegasse ela tinha que partir
Quando ela chegasse ele tinha que ir
Daquela dor compadecido
Interveio o Deus Tupã
Certos dias de céu clarinho
Ao despontar a manhã
Jaci podia ficar
Pra seu amor encontrar
Amenizando a saudade
Mas tão somente
Até o cair da tarde
Essa lenda vem lá de tempos distantes
Quem são esses dois amantes afinal
Ela a Lua e ele o Sol.//
Música 2170, R.Bozza.
Se chove lá
fora
Toda vez
Que chove lá fora
Cá dentro do peito
Atiça a tristeza
Fustiga a nostalgia
Toda vez
Remexe a saudade
Ressuscitando
Antiga recordação
De uma desilusão
O tempo passa
E os meus dias
São cada vez mais vazios
O tempo passa
Levando a vida
E eu cada vez mais sozinho
Toda vez
Que chove lá fora
A chuva chora
Seu nome na vidraça
Só de pirraça
Cá dentro
Eu abraço o violão
E canto com ele
Essa triste canção
De dor de Solidão.//
Música 2169,
R.Bozza.
Chuva
A chuva que desce do céu
Das nuvens que
vagam ao léu
Cantando
dançando
Ao som da
canção
Bate quebra no
telhado
Desce risca na
vidraça
E vai
deslizando
Chorar lá no
chão
A natureza
anuncia
Ora o bem ora
o mal
Na meiga chuva
macia
Na fúria de um
temporal
Em um eterno
ir e vir
Com preces de
todo lugar
Pedindo pra
ela cair
Pedindo pra
ela parar
Na Terra a
chuva faz falta
É dom de Nosso
Senhor
Sem ela a vida
acaba
Qual peito
sedento de amor.//
Música 2168, R.Bozza.
