O poeta na
Vila
Na quadra da Vila Isabel repleta lá estava o poeta
Lápis e papel na mão pra cantar em prosa e verso
Da Vila toda exaltação
Poeta que canta
os encantos da Vila Isabel
O sambista homenageia agradece tirando o chapéu
Tratando com carinho chamando de Noel
O pandeiro o cavaco o tamborim
O surdo o violão dolente a cuíca a chorar
Haja coração minha gente
O samba na Vila já vai começar
A dona Lua no céu estrelado vestida de azul e prata
Jorrando feitiço sorria magia sem fim
No chão a Rosa toda faceira
Mexia as cadeiras cheirava a Jasmim
Toda prosa sorria pro povo um sorriso carmim
Sorria pro povo um sorriso marfim
As porta-estandartes do céu e da terra
Travando uma guerra um duelo de paz e amor
De bamba é o samba da Vila em todo seu esplendor
Elas sacodem seus brincos colares pulseiras
E outros balangandãs
O batuque lá na Vila amante da madrugada
De tão lindo só acaba quando chega o amanhã
Lá vem o Sol trazendo outro arrebol
O poeta adormeceu na quadra vazia da Vila Isabel
Certamente deve estar agora a contar essa história
Lá no céu pra Jesus e pra Noel.//
Música 2042, R.Bozza.