Estranho
amor
Às vezes, mui raramente casualmente
Eu pego a jovem princesa olhando pra mim
Com olhos, dengosos audazes perdidos
Voando em fantasias, como se fosse a rua
Eu ando no mundo da lua
É assim, pesadelo e sonho
Esse estranho amor
É assim, ventura e desengano
Doce espinho na flor
É assim, esse querer insano
Felicidade e dor
E sempre, constantemente assiduamente
A jovem princesa me pega olhando pra ela
Com olhos gulosos vorazes famintos
Como se fosse minha, como se estivesse nua
Nua, completamente nua
Eu gosto um balde dela
Em devaneios
Num chove e não molha sem fim
Que bom seria se ela
Gostasse ao menos
Metade de um balde de mim.//
Música 8578, R.Bozza.