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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Naufragado, Nº 8229

Naufragado

Vai calando a batucada
Aos claros de um novo dia
No estertor da madrugada
Um resto de melodia
Fim da fervura, do brega
Do mormaço, da seresta
Naufragado, sobre a mesa
Em vinho cachaça, cerveja

Já vem raiando a titonia
E nada de Sônia chegar
Uma agonia medonha
Fazendo meu peito apertar
O bar as portas fechando
De novo eu sem ninguém
Meu coração soluçando
Por quem espero e não vem.//

Música 8229, R.Bozza.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Claro que não, Nº 8276

Claro que não

Chamo por ela a toda hora, não claro que não
Só nos momentos de ilusão
Em que ela é a inspiração
De mais um verso, mais um poema
Outra canção

Clamo por ela como agora, não claro que não
Só nos instantes de solidão
Em que ela é a inspiração
De mais um verso, mais um poema
Outra canção

Pensando nela eu sempre choro, não claro que não
Só nessas horas de depressão
Em que ela é a inspiração
De mais um verso, mais um poema
Outra canção.//

Música 8276, R.Bozza.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Roda viva, Nº 530

Roda viva

O espaço é roda viva, com os astros a girar
Roda o Sol a Terra a Lua, nada fica no lugar
O relógio na parede, na calçada o pião
No telhado o cata-vento, entre as nuvens o balão

Meia volta, volta e meia
Lá se foi toda ilusão
De saudade, está rodando
O meu pobre coração

Lá no céu rodou a pipa, foi cortada por cerol
No jardim buscando a vida, vai rodando o Girassol
Tudo roda tudo gira, meu amor também rodou
Na ciranda do destino, por um outro me trocou

Meu romance mais antigo
Foi um sonho que acabou
Eu cresci e o menino

 A mão do tempo carregou.

Música 530, R.Bozza..
 M

sábado, 28 de janeiro de 2012

Oferenda, Nº 532

Oferenda

Na beira do mar, de mãe Iemanjá
Com fé eu pedia
Pra Santa ajudar e eu deixasse de amar
Quem não me queria
Juntei seus retratos, aos poucos guardados
Que não devolvi e
A Ela ofertei, ao mar empurrei
Num barco de vime

Ali naquela praia, ao som da maré cheia
Com ares de sereia, ela me enfeitiçou
Ali naquela praia, à luz de lua inteira
Com ar de feiticeira, ela me abandonou


Enquanto o barquinho, na noite sumia
Maldisse a sorte
O pranto correndo, no peito batendo
O sopro da morte
Sem as lembranças que eu tinha
A vida seria ainda mais triste
Como ainda crer no amor
Se sem ela o amor, para mim não existe

Não sei se a mando da Santa, não sei se ordem de Deus
Só sei que o mar devolveu, o meu barquinho de vime.//

Música 532, R.Bozza.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dia de vadiar, Nº 541

Dia de Vadiar

Maria cadê o caniço e o, anzol
A linha de pesca etceta, e tal
Que o céu tá tão lindo vestido, de azul
Cheinho de luz convidando, pra vadiar
Maria prepara um rango, primeiro
Acorda as crianças separa, ligeiro
A roupa de banho eteceta, e tal
Já dá pra ouvir o balanço, das ondas do mar

Foi maré que vazou, foi maré que encheu
E o danado do peixe, nem me apareceu
Foi maré que encheu, foi maré que vazou
Tanto papo pro ar, e o dia acabou

Maria guardei o caniço e o, anzol
Recolhe as crianças eteceta, e tal
Que o céu ta mudando pra escuro o, azul
Se avia faz prece agradece, à Iemanjá
Maria as crianças já foram, dormir
Apaga essa luz pra janela, abrir
Cadê o perfume eteceta, e tal
Pra que tanta roupa amor, não judia
Se achega e faz um carinho, Maria
Que agora é hora da gente, vadiar.//

Música 541, R.Bozza.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Flagrante, Nº 850

Flagrante

Baseado em carta anônima
Descobri a sua endrômina
Que drama
Triturou meu coração
Dei flagrante em Daniela
Com a melhor amiga dela
Na cama
Que cruel desilusão

Acontece que eu sou
Aquariano
Levo a vida
Do jeitinho que vier
Balancei
Mas não caí
Disse adeus a essa mulher
Balancei mas não caí
Mandei embora essa mulher./

Música 850, R.Bozza.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Repeteco, Nº 7110

Repeteco

Como Grapete, tão de repente
A vida repete, o destino da gente
É novo dilema, de sim ou de não
Em mais uma guerra, razão coração

Aí novamente, feito um moleque
Com arco e flecha, Cupido aparece
Acende na alma, antiga aflição
Será que é estrela, será que é balão

Então finalmente, o amor acontece
No peito da gente, igual um chiclete
É quando se esquece, da desilusão
E se enlouquece, com a nova paixão.// 

Música 7110, R.Bozza

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Medo, Nº 7116

Medo

Essa pequena, de cabelos cacheados
Eu sei o quanto me ama,
Essa morena, de olhos amendoados
Bem sei o quanto me quer
Mas quando chamo pra cama
Ela desperta a criança
E adormece a mulher

É assim o nosso jogo, esse tal chove não molha
Sobra mel e falta fogo, só com os olhos me adora
Bem sei o quanto me ama
Eu sei que ela me quer
Mas tem medo de ir pra cama
De ser a minha mulher.//
 
Música 7116, R.Bozza.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Seus olhos, Nº 8268

Seus olhos

Seus olhos nos meus, tão raramente
Falam de coisas, que infelizmente
Não tenho mais tempo
Nem mesmo o direito
Sonhos difíceis de realizar

Moça dos negros cabelos, sedosos mui belos
Não faça assim
Tira esses olhos morenos, suaves posseiros

Meigos, de cima de mim

Seus olhos nos meus, tão docemente
Fazem promessas, ah envolventes
De coisas antigas
Eternas amigas
Quase impossíveis de ressuscitar

Moça dos negros cabelos, sedosos mui belos
Por Deus, não faça assim
Tira esses olhos morenos, suaves Posseiros
Meigos, de cima de mim.//

Música 8268, R.Bozza

domingo, 22 de janeiro de 2012

A flor do amor, Nº 8264

A flor do amor

No fim da seresta, o mesmo de sempre
Resta o desamor
Na rua deserta, vazia de gente
A festa acabou
Vou indo sem pressa, da vida descrente
Descrente do amor

O amor, ah o amor
A gente ama quem nos faz sofrer
Grande mistério essa flor
Somente Deus pode compreender

No céu a lua, por testemunha
Prateando a imensidão
Busco ternura, na amargura
Dessa triste solidão
Poeta que sou, de toda essa dor
Faço mais uma canção

A gente ama, quem nos faz sofrer
Somente Deus pode compreender 

Música 8264, R.Bozza.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Pago o preço, Nº 8260

Pago o preço

Jamais imaginei, tamanha ingratidão
Eu não acreditei, na torpe traição
Quanto me machuquei, com essa desilusão
Tanto pra Deus rezei, por resignação

Eu não quero viver outro amor
Mais uma dor, o coração não aguenta
Pra saciar o afã do desejo
Pago o preço, uma nota de cinquenta

Eu quase sepultei, meu pobre coração
Chorar chorei, mas não fiquei no chão
Aos poucos levantei, ouvindo a razão
Aí eu me casei, com o fel da solidão

Eu não quero viver outro amor
Mais uma dor, o coração não aguenta
Pra saciar o afã do desejo
Pago o preço, uma nota de cinquenta.//
 
Música 8260, R.Bozza.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Não é praga, Nº 8258

Não é praga

Esse meu coração, leviano
Mundano, infiel traidor
Acha, que é o dono do mundo
Pensa, que em paixão é professor
Vive a mentir, fingindo que ama
Sem dó, semeando o desamor

Meu coração, é um aviso não é praga
Ingratidão, aqui se faz aqui se paga

Prepotente, quase desumano
Ele é um, passaporte pra dor
No mel, dos desafios da cama
Cruel, sempre saiu vencedor
Por isso, entra ano sai ano
Vai por aí, zombando do amor

Ingratidão, aqui se faz aqui se paga
Meu coração, é um aviso não é praga.// 

Música 8258, R.Bozza

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O meu amor, Nº 7117

O meu amor

O meu amor
Tem cabelos ondulados, cacheados
Qual cascata de avelã
O meu amor
Tem olhos amendoados, azulados
Com o brilho da manhã
O meu amor
Tem sorriso estrelado, parece chuva de prata
Com perfume de hortelã

O meu amor, que pena não passa de um sonho
Uma quimera, louca ilusão
O meu amor, que pena pertence a outro

E só é minha, na palma da mão.//
 
Música 7117, R.Bozza.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Não é o que parece, Nº 7126

Não é o que parece

Esse lance é magia, um feitiço um encanto
História não é estória, tá mesmo acontecendo
Que estranha fantasia, um verdadeiro espanto
Jovem Rosa e velho Cravo, se amando em segredo
Ele com ares de lobo, feroz sedento faminto
Ela com jeito de ovelha, sem perceber o perigo

Nem tudo que reluz é ouro, entre as nuvens o cupido
Não quer fazer papel de tolo, guarda o arco indeciso
A jovem rosa, com o fogo da mocidade
Uma brasa o corpo dela, todo ardendo em desejo
O velho cravo, nas cinzas da terceira idade
De ir para a cama com ela, está morrendo de medo.//

Música 7126, R.Bozza.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Foi assim o final, Nº 8224

Foi assim o final

Sem pena bateu, com leviandade
A língua a cortar
Não sei se capricho, se foi vaidade
Fez pra magoar
Não sei se tolice, ou se de maldade
Não deu pra explicar
Quando ela bateu, bateu com vontade
Bateu sem parar

Dilúvio de farpas, por pouco aos tapas
Abusando do sal
Com o sangue gelado, eu ouvi calado
Todo seu besteirol
No fim da batalha, sem fogo a brasa
Foi assim o final
De mala já pronta, eu fechei a porta
E sorri para o Sol.//

Música 8224, R.Bozza.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Santa guerra santa paz, Nº 8221

Santa guerra, santa paz

O céu do amor, grande mistério
Ainda maior, o mel da paixão
Qualquer um dos dois, que caso sério
Sempre acontecem, por uma ilusão
Fazem sorrir e chorar
Às vezes contra a razão
Fazem sofrer e cantar
O pobre do coração

Eu já vivi neste céu
Quando era um rapaz
Eu já provei desse mel
Santa guerra, santa paz
Aí o tempo correu
Tudo ficou lá pra trás
Eu e ela, ela e eu
Coisas que não voltam mais.//

Música 8221, R.Bozza.




domingo, 15 de janeiro de 2012

Sóbria e ébria, Nº 8193

Sóbria e ébria

Ela tinha, cabelos cacheadinhos
Pele sedosa, morena fechada
Os olhos espertos e bem puxadinhos
Com o tênue brilho da madrugada

A seresta começava, na hora que a moça me olhou
O brega incendiava, quando ela comigo dançou
O bar já abarrotava, sóbria outra garrafa de vinho secou


Os lábios carnudos suaves macios
Super sensual, bumbum empinado
As curvas do corpo, um violãozinho
De pernas roliças, bem torneadas

A seresta terminava, quando para outro olhou
O brega se apagava, quando ela com outro dançou
O bar as portas fechava, ébria sobre a mesa ela desabou.//

Música 8193, R.Bozza.





sábado, 14 de janeiro de 2012

Eu não sabia, Nº 8190

Eu não sabia

A morena cor de jambo, rosto de anjo
E corpo escultural
Mais pra negra que pra branca, com um derrengo
Todo seu original

Chegou assim, nas ancas de um vento norte
Um v sem fim, no generoso decote
Esmalte e batom, de um vermelho bem forte
Perfume da Avon, enchendo o ar da noite

Olhou pra mim, de um jeito sutil esnobe
Sorriu enfim, de prata uma over dose
Sentou cruzou, as pernas pedindo um chope
Sem dó mostrou, a calcinha rosa choque

A morena cor de jambo, rosto de anjo
E corpo escultural
Deus traçou e eu não sabia, que ela seria
O meu bem, o meu mal.//

Música 8190, R.Bozza.




sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Deu certo, Nº 8220

Deu certo

Toda hora a todo instante
Com o fogo dos olhos meus
Buscava com insistência
O negro dos olhos seus
Mas o negro dos olhos seus
Toda hora a todo instante
Com a mesma insistência
Fugiam do fogo dos meus

Como bom aquariano
Perseverante que sou
Bom de papo, bom de trama
Nessas coisas professor
insisti, enfim deu certo
Acabou num doce mel
Os seus olhos nos meus olhos
Numa cama de hotel.//

Música 8220, R.Bozza.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Amor e paixão, Nº 8214

Amor e paixão

Ela chegou me olhando
Com olhos de santa, de abençoada
Com olhos tão meigos, tão cheia de graça
Eu me senti totalmente fascinado
A mente em transe ao léu
Eu me senti, o mais fervoroso beato
Sonhando, com as raras vinhas do céu

O amor, ah o amor
Aquece a alma
Vinho doce embriagador

Depois o olhar foi mudando
Pra olhos de demo, na encruzilhada
Pra olhos de puta, de beira de estrada
Eu me senti, loucamente excitado
O corpo ardendo em mel
Eu me senti, o mais perigoso tarado
Sonhando, com uma cama de hotel

A paixão, ah a paixão
Cachaça louca
Que incendeia o coração.//

Música 8214, R.Bozza.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Momentos de solidão, Nº 8210

Momentos de Solidão

Momentos de solidão, misto de céu e de chão
Lembrando o amor perdido
Lápis papel na mão, começa outra canção
Assim é a sua vida
O pobre poeta ajoelha reza, agradece ao Divino
Na mesa quase vazia
O naco de carne o copo com água, pelo pão dormido
Arroz feijão e farinha

Por conta da sorte ou azar
Essa noite para jantar
O destino arranjou companhia
Um moço em andrajos
Bateu ao barraco
Pra dividir o tão pouco que tinha

Lápis e papel na mão, os dois faziam canção
Lá fora a noite era um espanto, uma cascata de luz
Na mais doce ilusão, quanta paz no coração
Ele não sabia que por companhia, tinha o Menino Jesus.//

Música 8210, R.Bozza / R.F.Bozza

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Medo, Nº 8204

Medo

Eu vou espantando, a maldade alheia
Desanuviando, o véu da tristeza
Vou desabafando, a minha incerteza
Todo desencanto, da vida a crueza
Cruel desalento
No mel da cerveja
Nosso desacerto
Batuco na mesa

Eu quebro o quebranto, rezando em silêncio
Em preces ao santo, contando um segredo
Falando da gente
Pedindo pra ele, que abra meu peito
E de dentro dele, arranque o medo
De amar novamente.//

Música 8204, R.Bozza.







segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desastre, Nº 7129


Desastre

Cruel engano, um desastre nosso amor
Sonhos e planos, deu em nada esfumaçou
Em desencanto, nossa história acabou
Eu e você, houve algum doce algum mel
Esse querer, virou um balaio de fel
Nosso viver, em desamores se perdeu

Logo o futuro mostrou, a realidade
Tal disparate, acabou em malmequer
Minha jovem alma, adivinhou
Seus devaneios de menina
Mas meu velho corpo, não saciou
Os anseios, os desejos de mulher.//

Música 7129, R.Bozza.




domingo, 8 de janeiro de 2012

Eu sou a lei, Nº 7130


Eu sou a lei

Ainda nos vinte entrando, e eu aos sessenta chegando
É preciso ter juízo, ou vai lamentar desengano
Preste atenção no que digo, para não chorar desencanto

Com coroa e tudo, será a rainha
Nada de soberba, Porque sou eu o rei
Sempre um mar de rosas, será nosso ninho
Porém não esqueça, eu quem dita a lei

Menina do cabelo cacheado, do sorriso engalanado
Por esteiras de brilhantes, os mais puros diamantes
Os seus olhos os seus lábios, tão jurando que me ama
Tão chamando implorando, convidando para a cama

Será a rainha, e eu serei seu rei
Pra dar tudo certo, amor não esqueça
De noite de dia, eu quem dita a lei.//

Música 7130, R.Bozza.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Milagre, Nº 8236


Milagre

Conta a lenda, se é fato ou boato não sei
Um encontro de pura beleza
No céu com azul de turquesa
E nuvens nenhuma
Narra a lenda, assim me contaram assim eu cantei
Uma alegre pomba branquinha
No corpo de negro não tinha
Sequer uma pluma

Rodeando fez pousada, na beirada do vitral
Seu vigário badalava, o sino da Catedral
Num telhado o menino, de atiradeira na mão
Malfadado de um só tiro, vidro rubro pelo chão
O bom vigário em desespero, pela iniquidade que viu
O mau menino de joelhos, pelo remorso que sentiu
Felizmente milagrosa, a mão de Deus se anunciou
Foi só sangue de amora, que a pedrada derramou.//

Música 8236, R.Bozza / R.F.Bozza.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Presa fácil, Nº 7138


Presa fácil

Em certas horas, ele me olha
De um modo tão puto, ardido matreiro
E nessas horas, quase me devora
Com olhos astutos, famintos posseiros

Os laços da trama, as teias do drama
Meu homem nem nota
Que é do seu instinto, não vê o perigo
Fatal que me ronda

Seu jeito sensual, atrevido
Atrai, fascina encanta
Uma presa fácil me sinto
Até minha alma assombra
Atiça o desejo, pra certa viagem
As forças me faltam deixo de lutar
Por essa aventura, eu crio coragem
Já não me importa o que isso vai dar.//

Música 7138, R.Bozza.