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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

É hora, Nº 6398



É hora

Foram doces momentos de amor
Meigos momentos de ilusão
Audazes momentos de cama
Vorazes momentos de paixão

Com o mel na boca
Canta coração, que é hora de cantar
Com o céu na alma
Sonha coração, que é hora de sonhar
Com fogo no corpo
Ama coração, que é hora de amar

São amargos momentos de dor
São doídos momentos de adeus
Ferozes momentos sem flor
Mordazes momentos sem Deus

Com o fel na boca
Chora coração, que é hora de chorar
Inferno na alma
Sofre coração, é hora de penar
O frio no corpo
Berra coração, é hora de acordar.//

Música 6398, R.Bozza.







quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O sertão, Nº 8788



O sertão

O sertão do sertanejo, não é nem nunca foi o mesmo
Que mostram na televisão
O sertão do sertanejo, quase sempre ele é feito
De amargura e solidão
A visão do quanto é forte, que não teme a má sorte
A crueldade desse chão
Que ele é cabra da peste, rei do norte do nordeste
Só existe na canção

Não é feito de madeira
De concreto nem metal
É de nervos, carne e osso
Também sofre e passa mal
Também chora, até soluça
Ele é mais, que um animal

Sente frio sente fome, fica triste
Por seu fardo, tão difícil de arrastar
Seu doutor seu coronel, não o obrigue
A um trabalho, que não possa suportar

Qualquer dia, se o peso da labuta
For demais, perde a saúde perde a luta
Não terá mais serventia
Pro senhor nem pra família
Só um corpo a definhar
Peso morto a atrapalhar.//
Música 8788, R. F.Bozza / R.Bozza.









quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Acertou em cheio, Nº 8610



Acertou em cheio

Se acaso pensa
Que estou apaixonado
Pela sua juventude, pela sua mocidade
Lindos olhos negros
E cabelos cacheados
Pela sua inquietude, pela sua raridade

Meigo rostinho encantador, sutil corpinho sedutor
E sorriso feiticeiro
Um beijo doce igual licor, seu jeito de fazer amor
Porque tem muito dinheiro

Acertou em cheio, está coberta de razão
Sou seu prisioneiro, de corpo alma e coração.//

Música 8610, R.Bozza.





terça-feira, 27 de novembro de 2012

O velho poeta e a jovem donzela, Nº 6401



O velho poeta e a jovem donzela

O velho poeta e a jovem donzela
Não deram muita sorte no amor
Ela, abandonou o homem dela
Ele, com a solidão se casou
Cupido, esse louco deus menino
Novo jogo começou
Preciso, com setas envenenadas
Seus corações transpassou

Naquela noite de festa
Foi rala-coxa, na loucura de um brega
Entre latas de cerveja
Beijo na boca, na ternura da seresta
E no fim da madrugada, numa cama arredondada
Da suíte de um hotel
Em orgia a noite inteira, com o corpo aqui na terra
E a alma lá no céu

O velho poeta e a jovem donzela
De novo não deram sorte no amor
Em pouco tempo, o vinho doce
Em amargo vinagre se tornou
É que a donzela, já não queria
Mais saber dos carinhos do poeta
E o poeta, desiludido
Pros braços da negra solidão voltou.//

Música 6401, R.Bozza.








segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Quem é esse cara, Nº 6406



Quem é esse cara

Quem é esse cara, que às vezes me agrada
Com as mais doces poesias
Como se eu fosse criança, como se eu fosse uma santa
Com a pureza de Maria
Quem é esse cara, que às vezes me maltrata
Com amargas ironias
Como se eu fosse adulta, como se eu fosse uma puta
Como se eu fosse vadia

Ele excita e apavora
Como se eu fosse, inteiramente sua
Com os olhos me devora
Como se me visse, completamente nua

Será ele, um tropeço do acaso
Será ele, um gracejo do destino
Será ele, uma praga do Diabo
Será ele, uma graça do Divino
Quem é esse cara, que me faz sentir
Fraca, feito uma frágil menina
Quem é esse cara, que me faz sentir
Forte, feito uma fera no cio.//

Música 6406, R.Bozza.