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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Retratando, Nº 4226


Retratando


No olhar da moça, aprisionei meus olhos
E no rosto dela, me encantou detalhes
O dia no sorriso, a noite nos cabelos
Nas suas curvas incríveis miragens
No vão das coxas um apetitoso mel
Prometendo viagens pro alto do céu

Ela tão verde, eu já passado
Ela inocente, eu um devasso
Diplomado professor
Em matéria de amor
Era a ovelha, eu o faminto lobo mau
Eu já sabia, da história o final
Mas foi surpresa o que aconteceu
Ela era a loba, e o cordeiro fui eu.//

Música 4226, R.Bozza.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Tudo e nada, Nº 5413

Tudo e nada


Ele é meu bem ele é meu mal, réquiem carnaval
Sou dona de tudo, sou dona de nada
Sou esposa, mãe amiga
Mas não sou a namorada

Tenho tudo nada tenho
Sua casa seu dinheiro
O seu corpo sedutor
Mas a alma de menino
De poeta a magia
O encanto do cantor
Isso é coisa que não tenho
Eu não tenho seu amor.//

Música 5413, R.Bozza.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ele é tudo, Nº 6237

Ele é tudo


Ele é casado e eu solteira
Pouco importa, não é barreira
Eu tenho vinte, ele sessenta
Não me incomoda
Não tem problema
Tudo nele, qualquer virtude
Qualquer defeito
Eu amo à beça

Brigar, como todo casal se briga
Xingar, a gente xinga também
Tapinha de amor nunca dói
Na hora da cama, às vezes faz bem
Eu sou uma jovem rosa
Ele um cravo maduro
Ele é tudo que quero
O que mais amo no mundo.//

Música 6237, R.Bozza.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Donzela e rameira, Nº 6874

Donzela e rameira


Ela chegou, com ares de feiticeira
Ela entrou, com trejeitos de donzela
Ela sentou, como se fosse um puteiro
E sem pudor, mostrou a calcinha dela

Ela olhou para mim, dois diademas de mel
Com nuanças de cerveja
Ela sorriu assim, todos os astros do céu
Rodando a minha cabeça
Ela disse que sim, fazendo louco escarcéu
Veio enfeitar minha mesa

Ela deitou, com o recato de donzela
Se desnudou, com magia de sereia
Nada ficou, nem a calcinha amarela
E fez amor, com requintes de rameira.//

Música 6874, R.Bozza.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Você, Nº 6722


Você


Você foi o escudo a espada, jogo limpo trapaça
O mel o fel, em nossa relação
Você foi a benção a praga, a ventura a desgraça
Inferno e céu, da nossa paixão

Você foi a descrença a fé, que um dia chorei por querer
Você foi a menina-mulher, que tento e não posso esquecer

Você é o espinho que rasga, um açoite flagela arrasa
Um despacho, mandinga uma praga
Que me atirou em cruel solidão
Você é a doença mais rara, esse mal que não sara
Essa dor que não passa
Veneno, pro meu coração.//

Música 6722, R.Bozza.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

No que vai dar, Nº 6690


No que vai dar


Bem que eu tento, porém não tem jeito
Fica difícil, quase impossível disfarçar
Quando faminto, ele me devora com o olhar

Resseca a boca o peito coça
O sangue ferve, a calcinha molha
Quando ele me toca ou me roça
Aí então, dentro do meu coração
É uma sensação que não tem igual
Uma coisa louca, me derreto toda
Como um sorvete, largado ao sol

Contra essa loucura, não vou mais lutar
Vou deixar correr, vou pagar pra ver
Ver no que vai dar.//

Música 6690, R.Bozza.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

História sem fim, Nº 6460

História sem fim


 O velho poeta, a jovem princesa
Muito talvez, pouca certeza
Nos olhos dele, o peso da terceira idade
Nos olhos dela, o medo da tal virgindade
Cupido com o arco de ouro na mão
Coitado, perdido indeciso
Se atirava a flecha ou não

Será que venceu o romance
Será que existiu o adeus
Será que foi praga do Demo
Será que foi graça de Deus
Será que Cupido ganhou
Será que Cupido perdeu

Qual o final dessa história
Como acabou eu não sei
Não registrei na memória
No meio do sonho acordei.//

Música 6460, R.Bozza.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cautela, Nº 6364


Cautela


O poeta se encantou, com sua rara beleza
Sem cautela imaginou, que era uma princesa
E por isso a coroou, com um brinde de cerveja
Que ela era rainha, das suas noites de seresta
Dos olhares cobiçosos
Toda hora a protegia
Por nenhum ouro ou prata
Emprestava ou vendia

O poeta acordou, pra aquela falsa beleza
Com cautela observou, ela não era princesa
E por isso a destronou, Já bebido de cerveja
Ela não era rainha, das suas noites de seresta
Dos olhares cobiçosos
Já não mais a protegia
Por qualquer tostão furado
Emprestava ou vendia.//

Música 6364, R.Bozza.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sem ninguém, Nº 6250


Sem ninguém


Poeta que sou
Clamo a vida, louvo a morte
Poeta que sou
Abomino o azar, bendigo a sorte
Eu falo do bem, eu falo do mal
Choro réquiem, canto carnaval

Mostro o mel da felicidade
Como também, o fel da saudade
Falo do espinho e da flor
De amargura, de amor

Poeta que sou
Com os mais belos versos e rimas
Faço sorrir, faço chorar
Poeta que sou
Crio tanto encanto e no entanto
Não tenho com quem partilhar.//

Música 6250, R.Bozza.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amigo e inimigo, Nº 6133


Amigo e inimigo


Um dia, lá na meninice
Sorrindo, cantando o tempo me disse
Garoto levado, cuidado comigo
Faz parte do jogo, do show dessa vida
Vestir o disfarce de ser teu melhor amigo

E assim lá foi rodando o tempo
À minha volta, sutil bem ligeiro
Foi-se a juventude, foi-se a mocidade
Chegou o fantasma da terceira idade

Agora me vendo tão triste
Girando ao meu lado, chorando sentido
De luto o tempo me disse
Oh velho alquebrado, cuidado comigo
Faz parte do show, do jogo da vida
Vestir o disfarce, de teu pior inimigo.//

Música 6133, R.Bozza.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Com a macaca, Nº 6011


Com a macaca


Essa noite, eu to mesmo com a macaca
Cara cheia, de cachaça e de cerveja
Vai ser noite, de lambança de porrada
Ou quem sabe, de ventura em minha mesa
Não vou mais, disfarçar que não to vendo
Seus olhares, de desejo e de pecado
Não vou mais, ficar aqui me escondendo
Que por ela, eu estou apaixonado

Já cansei de fingir que tenho medo
Desse cara que a deixa em abandono
Essa noite vai ser noite de acerto
De escolher qual de nós dois quer pra seu dono
Se for ele, tudo bem to indo embora
Noutros bares, afogar a minha dor
Se for eu, afinal chegou a hora
De contar pra todo mundo nosso amor

De provar, que de verdade gosto dela
De mostrar que ela também gosta de mim
De colar nossas bocas bem coladas
Num beijo molhado melado, ardente sem fim.//

Música 6011, R.Bozza.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os quatro cantos, Nº 5834


Os quatro cantos


Ontem, nos quatro cantos da cidade
Qualquer hora, qualquer dia
Ontem, um no outro acorrentado
Onde eu fosse ela ia
Hoje, não há mais felicidade
Foi quebrada a harmonia
Hoje, corpo e alma separados
Acabou a poesia

Eta mundo cão, feito um louco carrossel
Às vezes roda pro inferno, às vezes roda pro céu 

Ontem, nos quatro cantos da cama
A inventar novas tramas
Sem enganar, sem fingir
Hoje, a falsidade é o drama
E os quatro cantos da cama
Só servem pra gente dormir.//

Música 5834, R.Bozza.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Saudade de você, Nº 5771

Saudade de você


Eu sinto falta, do seu olhar carinhoso
Daquele beijo gostoso, melado molhado
De língua vadia, com gosto de quero mais
Eu sinto falta, daquele jeito manhoso
Do seu sorriso maroto, da voz cristalina
Da fala rouca macia, que me excitava demais

Eu sinto falta, do rosto de santa
Do corpo de puta
Eu sinto falta, dela na cama
Senhora e vagabunda

Amor, por que não volta, não consigo esquecer
Amor eu sinto tanto a sua falta, venha ver pra crer
O meu corpo minha alma nossa casa
Estão morrendo de saudade de você.//

Música 5771, R.Bozza.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

só um sonho, Nº 5680

Só um sonho

No trem lotado, eu sacolejava
Da central, direto pra Paracambi
Lá veio o diabo, parou ao meu lado
Colou no meu corpo, me olhou a sorrir
Bem que tentei me esquivar
Bem que tentei não querer
Não tive como evitar
Não tinha pra onde correr

Pequena bonita dengosa, morena aflita fogosa
Capaz de fazer até santo pecar
Aí não teve outro jeito, o jeito
Foi relaxar e gozar

Provei gostei, me lambuzei naquele mel
Me acabei, na suíte de um hotel
despertou o celular
Foi tudo apenas um sonho
Hoje nem vou trabalhar
Tentando sonhar com ela de novo.//

Música 5680, R.Bozza.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Prometi, Nº 5562

Prometi


Sem barreiras sem tabu, eu cobri você de mel
Sem fronteiras norte sul, viajamos para o céu
Quantas vezes pediu e eu dei bis
Você foi de santa, até meretriz
Prometi e cumpri, você foi feliz

Aí o tempo, cruel sem piedade
Levou com ele, o fogo da mocidade
Não foi culpa do destino
Não foi culpa do acaso
Não foi praga de mandinga
Nem obra de algum despacho

O adeus tão frio nos olhos seus
O pranto contido nos olhos meus
Fui só eu, o culpado desse drama
Prometi e não cumpri, saciar você na cama.//

Música 5562, R.Bozza.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A ordem do rei, Nº 5473

A ordem do rei

Quanto confete e serpentina
Voando trançando pelo ar
Reinado de momo, lá vou eu de novo
Por três dias sem parar
Cair na folia, molhar a fantasia
A ordem do rei é brincar

Que pierrô tão bonito, perdido numa tristeza sem fim
Coitado a namorada, foi dançar com o arlequim

Me dê a mão oh sonhador, oh pierrô desconsolado
Vem pro salão esquece a dor, desse amor desesperado
Não chore mais por colombina, deixa a tristeza pra lá
Vem logo a noite termina, A ordem do rei é brincar.//

Música 5473, R.Bozza.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Estranha, Nº 5305

Estranha

Um envelope amarelado, no meio dos seus guardados
Um forte vento arrancou
Uma folha desbotada, com letras mal alinhadas
Era uma carta de amor
Datada de há muito tempo, que mantinha em segredo
E o acaso desmascarou

Alguém que dela não quis saber
Alguém que escutando a razão
Meu lar não quis desfazer
Com pena da separação

Os dois devolvi aos guardados
Nos olhos nenhuma emoção
Há muito não era mais nada
Só dona dos filhos, da casa
Estranha no meu coração.//

Música 5305, R.Bozza/R.F.Bozza

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

fatalidade, Nº 5283


Fatalidade


O amor, chegou ao peito do poeta
Com muita pressa
Bateu às portas do seu coração
Como ela estava aberta
Entrou sem pedir permissão
Entrou fazendo arruaça, entrou fazendo escarcéu
Porém o poeta nem viu, triste riscava o papel

O amor, saiu do peito do poeta
Nenhuma pressa
Batendo as portas do seu coração
Ensacou arco e flecha,
Cismando se um dia voltava ou não
Mundo mau, vejam só quanta ironia
Ao seu santo protetor
No final, do poema ele pedia
Pelo mel de um amor.//

Música 5283, R.Bozza.