Daqui pra frente, Nº 11422

Daqui pra frente

Totalmente saturado

Do fel da infelicidade

Estou quase desatado

Do nó da fidelidade

Bem pertinho a um passo

Da sonhada liberdade

Foram anos muitos anos

Na mais negra solidão

Desencontros desencantos

Lacerando o coração

Deixando a razão de lado

Digo com sinceridade

Com toda pureza da alma

Sem ter medo da verdade

Desse triste fim de caso

Eu nem vou sentir saudade

Daqui pra frente os anos

Serão outros serão assim

Novos sonhos novos planos

Pensando primeiro em mim.//

Música 11.422, R.Bozza.

Conclusão, Nº 11421

Conclusão

Depois de muito pensar

No quanto chorei e sofri

Depois de muito pesar

O que eu ganhei e perdi

Pra cada dia de ventura

Noites inteiras de mágoas

E por cada gota de riso

Uma taça de lágrimas

Mesmo assim

Eu segui em frente

Não desisti

Da vida da gente

Acontece

Água demais mata a planta

Acontece

Que dar perdão também cansa

E sendo assim

Não vejo outra solução

Chegamos ao fim

Eu quero a separação.//

Música 11.421, R.Bozza.

Transformação, Nº 11416

Transformação

Esse meu coração

Soberbo tão prosa

Já foi de aço de pedra

Vil desleal desumano

De repente a transformação

Ultimamente

Anda aprontando

Está perdendo o pudor

Escravo de falsa paixão

Esse demente

Vive sonhando

Acreditando no amor

Depois

De tanto criar desencontro

Depois

De tanto causar desencanto

Por causa de Rosa

Na ilusão que é uma santa

Foi se tornando de carne

Hoje sofre chora e sangra.//

Música 11.416, R.Bozza.

Bem claro, Nº 11418

Bem claro

Vamos deixar bem claro

A gravidade da situação

Para não dar confusão

Dito e explicado

A fragilidade da relação

Nada de enganação

Sem briga aceitar o desfecho

Mesmo que seja a separação

Nem tudo que prometi

Eu fiz

Confesso agi errado

Nem tudo que prometeu

Me deu

É dividir o fracasso

Não usar falso argumento

Desprovido de razão

Não ouvir somente o peito

Anseios do coração

Apontar todos os erros

Pra dizer que sim ou não

Sem briga aceitar o desfecho

Mesmo que seja a separação.//

Música 11.418, R.Bozza.

Volta, Nº 11419

Volta

Quando eu penso

Que o mel azedou

Que tudo entre nós se perdeu

Lá vem de novo

Seus olhos negros

Se aventurando nos meus

Quando eu penso

Que não tem volta

Que tudo acabou

Não é que ela

Me bate à porta

Jurando amor

Sem um conforto

Sofreu do mundo

Ingratidão

Que desse poço

Chegou ao fundo

De mão em mão

Aí de novo

Eu me iludo

E dou perdão.//

Música 11.419, R.Bozza.

Tempos de guerra, Nº 11420

Tempos de guerra

Poeta

Por que ainda insiste

Nesse melindroso

Duelo de dor

Poeta

A vida não volta

Seu tempo de amar

Não vê já passou

Com o mal à espreita

É um novo jogo

Vil perigoso

Com duras regras

Os sentimentos

Ontem de ouro

Hoje são outros

De lata de pedra

O amor a paixão

Perderam poesia

Perderam beleza

Morreu a ilusão

Toda fantasia

São tempos de guerra.//

Música 11.420, R.Bozza.

Traição, Nº 11143

Traição

Lá estava o velho poeta

Como sempre sozinho

Na modesta mesa do bar

De repente os olhos dela

Com um doce carinho

Nos dele a se aninhar

De repente os olhos dela

Qual duas flechas ferinas

Com um brilho de cio a mais

Se afastaram dos dele

Buscaram os olhos morenos

Sedentos de outro rapaz

E assim começava

Uma estranha ilusão

E assim terminava

Em desamor traição.//

Música 11.143, R.Bozza.

Burrice, Nº 11145

Burrice

Eu me aventurei

Com cinquenta ela vinte

Ah que tola ilusão

Sem pensar me atirei

Muito eu perdoei

Nessa louca paixão

Então deu no que deu

Já estava escrito

A cruel traição

Hoje volta

Pedindo para perdoar

Com promessas

Jurando nunca mais errar

Agora o que faço

O que digo

Errar é humano

Diz o dito

Repetir o Erro

É burrice.//

Música 11.145, R.Bozza.

Sem medo, Nº 11146

Sem medo

Foi mandinga foi quebranto

Surto de assombração

Foi intriga foi espanto

A língua da multidão

Foi perfídia desencanto

Ferindo nossa paixão

Acontece nosso amor

Não fugiu dessa má sorte

Sem medo enfrentou a dor

Foi golpe mas não de morte

Foi feitiço foi encanto

Sublime nova emoção

Uma prece para o santo

Joelho ralando no chão

A nossa fé era tanta

Calando a desilusão.//

Música 11.146, R.Bozza.

Punição, Nº 11147

Punição

Com amor

Com benção

Fiz doce o sal

De muitas bocas matei a fome

Sequei mil prantos curei a tantos

Em quantos olhos devolvi a luz

Com rancor

Sem perdão

Cheios de mal

As mesmas bocas os mesmos olhos

Em troca meu corpo

Chicotearam pregaram em cruz

Naquele tempo

Meu coração criança

Transbordando esperança

Era puro inocente

Porém agora

Meu coração reclama

Despedaçado só clama

Punição pra essa gente.//

Música 11147, R.Bozza.

Perdi tudo, Nº 11148

Perdi tudo

Com tolo amor

Com tola ilusão

Beijo selado

Corpo afastado

A alma voando ao léu

Eu te levava

Com poesia

Numa utopia pro céu

Porém eu sentia

A cada canção

Aos poucos perdia

O seu coração

Com muito calor

Com louca paixão

Beijo molhado

Corpo enroscado

Em uma cama de hotel

Eu te levava

Ao paraíso

Por doces caminhos de mel

Aí eu senti

Dos anos o peso

Então eu perdi

Também teu desejo.//

Música 11.148, R.Bozza.

Macaco velho, Nº 11149

Macaco velho

O que essa moça pretende

Ainda na casca do ovo

Mal saiu dos dezesseis

Quando jogou sua rede

Cismando qual o seu jogo

Confesso me assustei

Foi um susto de instante

Espanto fugaz passageiro

Com um torpedo fulminante

Fui enquadrado por inteiro

Será paixão ou amor

Será que é santa ou puta

Não teme o desamor

Ou será que é maluca

Macaco velho que sou

Não meto a mão em cumbuca

Que não notei fiz de conta

Saí sem a moça notar

Ao garçom paguei a conta

E fui beber em outro bar.//

Música 11.149, R.Bozza.

Bem-vindo, Nº 11150

Bem vindo

Nas cinzas do meu coração

Toda vez que sopra

Um vento mais forte

De novo amor nova paixão

Venha de onde vier

Não pesa não importa

Do sul ou do norte

Pra combater a solidão

É sempre bem vindo

É sempre esperança

De felicidade

É sempre bem vindo

É sempre bonança

Na dor da saudade.//

Música 11.150, R.Bozza.

São tantas, Nº 11151

São tantas

Depois que perdi você

Cada conquista

Nos desafios do amor

Tem cheiro e gosto de fel

E são tantas

Que pagam meu drama

E são tantas

Que finjo que amo

Depois que perdi você

Cada vitória

Nas armadilhas da paixão

É sem cheiro sem gosto de mel

E são tantas

Caindo na trama

E são tantas

Que engano na cama.//

Música 11.151, R.Bozza.

Não é que ela vem, Nº 11152

Não é que ela vem

Depois que desisti

De pensar assim nela

Não é que ela vem

Com um olhar tão carinhoso

De noiva aos pés do altar

De fazer o ateu rezar

Depois que decidi

Não gostar tanto dela

Não é que ela vem

Com um sorriso melindroso

De fêmea na cama a esperar

De fazer um crente pecar

Depois que resolvi

Tira-la da minha vida

Não é que ela vem

Submissa arrependida

Por aos meus pés seu coração

Assim só resta dar perdão.//

Música 11152, R.Bozza.

Pagamento, Nº 11156

Pagamento

Traiçoeiro leviano

Somente eu

Sou o culpado

Do meu próprio dissabor

Desalmado desumano

Somente eu

Sou o culpado

De naufragar nessa dor

Hoje pago

Pelo mal que fiz a ela

Quanto pisei seu coração

Hoje pago

Tão perto e tão longe dela

 Do meu amor minha paixão

Hoje pago

Com amargura desespero

Na mais negra solidão.//

Música 11.156, R.Bozza.

Revés, Nº 11157

Revés

Com ternura

Nas asas da ilusão

Enternecido

Pelas brasas do amor

Eu Corri atrás dela

Mais ligeiro que o vento

E pedi a ela

Que namorasse comigo

Até que disse o sim

Foi paraíso foi céu

Eu só pra ela

Ela vivendo só pra mim

Com loucura

Nas garras da emoção

Enfurecido

Pelo fogo da paixão

Eu me acheguei a ela

Atiçando os sentimentos

E pedi que ela

Fosse pra cama comigo

Aí respondeu que não

Foi inferno foi fel

Outro com ela

Tudo acabou em solidão.//

Música 11.157, R.Bozza.

Pedra aço lata, Nº 11158

Pedra aço lata

De tanto que a morena esnobou

Dia e noite todo instante

De tanto que a princesa maltratou

Com as farpas mais cortantes

Como se o meu coração

Fosse de pedra

Fosse de aço

Fosse de lata

No meu peito o roseiral em flor

Pouco a pouco foi secando

Partido em mil pedaços o amor

E a paixão se apagando

Aí então meu coração

Virou de pedra

Virou de aço

Virou de lata.//

Música 11.158, R.Bozza.

Comparação, Nº 11160

Comparação

Minha história com ela

Ainda não acabou

Foi vento forte pra cá

Foi vento forte pra lá

A minha trama com ela

Não é um filme de horror

Ela pra lá eu pra cá

É coisa que vai passar

Tem seus momentos de bom

Tem seus momentos ruins

Um fruto que amargou

Mas adocica no fim

Meu amor e o dela

Posso até comparar

A um coqueiro na praia

Que verga mas sem tombar.//

Música 11.160, R.Bozza.

Que triste que pena, Nº 11162

Que triste que pena

Se essa moça não fumasse

Juro por todos os santos

Juro por Nosso Senhor

Que apesar da idade

Eu me atirava aos pés dela

E lhe falava de amor

Acontece ela fuma

Sem parar descontroladamente

E na fumaça que chupa

O amor sufoca lentamente

Que triste

Que pena

Se essa moça não bebesse

Juro por todos os demos

Juro pelo próprio Cão

Mesmo com anel no dedo

Eu me enroscava com ela

E lhe ensinava paixão

Acontece ela bebe

Sem conta insaciavelmente

E no álcool que ingere

A paixão afoga totalmente

Que triste

Que pena.//

Música 11.162, R.Bozza.

Covardia, Nº 11164

Covardia

Covarde que sou

Pras coisas do amor

Está cada vez mais difícil

Esse meu estranho gostar

Só com a gula do olhar

Só de mentira

Só à distância

Com medo de me machucar

Pareço um menino

Covarde que sou

Correndo fugindo

Do mel desse amor

Eu gosto dela

Sem me arriscar

Namoro ela

Só com o olhar

Calando no peito um coração

Que desconsolado grita

Contendo no sexo uma paixão

Que o sangue ferve agita

Com o corpo na palma da mão

O meu desejo sacio.//

Música 11.164, R.Bozza.

Agora, Nº 11169

Agora

Preciso mudar de amor

Buscar uma outra paixão

Agora que tudo acabou

Em mil pedaços pelo chão

Que o sonho esfumaçou

Em triste desilusão

Que a poesia findou

Desafinando a canção

Agora

O que era doce acabou

Agora

Que todo o mel azedou

Agora

É esquecer o que passou

Agora

É não morrer de solidão.//

Música 11.169, R.Bozza.