Quando, Nº 8367

Quando

Quando conheci essa pequena

De cabelo cacheado, de olhos amendoados

Quando descobri essa morena

De rosto lindo rosado, de corpo bem modelado

Foi tamanha confusão, um salve-se quem puder

Dentro do meu coração, com medo dessa mulher

Quando me envolvi com essa estrela

De sorriso espelhado, de seios macios fartos

Quando me perdi, com essa princesa

De pele acetinada, de pernas bem torneadas

À santa pedi ajuda, paguei promessa na Sé

Ou ela se fez de surda, ou eu tive pouca fé

Quando invadi essa ninfeta

De bumbum arrebitado, de sexo avolumado

Quando percebi que era donzela

Todinha da cabeça aos pés, cheiro e sabor de pecado

A mais doce flor do mundo, o mais raro bem-me-quer

Fiquei cego surdo mudo, pelo amor dessa mulher.//

Música 8367, R.Bozza.

Que pena, Nº 8365

Que pena

Ela foi embora

Alegre rosa, doce flor do bem-me-quer

Com a inocência de menina

E a indecência de mulher

E voltou agora

Tristonha planta, amarga flor do malmequer

Sem a inocência de menina

Sem a indecência de mulher

Que pena

Ela voltou, sem cabelos cacheados

Desbotados mal pintados, de uma estranha cor

Que pena, que pena

Ela chegou, sem olhos amendoados

mutilados retalhados, por um hímel sem valor

Que pena que pena, que pena

Ela soltou, um sorriso assombrado

Pelo fumo amarelado, misturado com batom

Ela foi embora

Alegre rosa, doce flor do bem-me-quer

Com a inocência de menina

E a indecência de mulher

E voltou agora

Tristonha planta, amarga flor do malmequer

Sem a inocência de menina

Sem a indecência de mulher.//

Música 8365, R.Bozza.

Juras quebradas, Nº 8364

Juras quebradas

Ontem, naquele mesmo instante em que a vi

Ontem, naquele maldito momento desfiz

Todas as promessas, as juras de anos

Nunca mais sofrer por ela

Todos os sonhos, os mais novos planos

Onde não estava ela

Pensei que havia esquecido

Sou réu confesso não esqueci

Novamente, seus olhos nos meus

A terra foi lá para o céu

Veio o céu aqui pra terra

Novamente, meus olhos nos seus

Sorrindo em tempos de paz

Chorando em tempos de guerra

Quebrei as juras, desfiz promessas

Ainda perdido, de amores por ela.//

Música 8364, R.Bozza.

Teoria e Prática, Nº 8363

Teoria e prática

Na teoria deu tudo certo

Com fortes poemas e as mais doces canções

Uma flechada em seu peito

Cheia de veneno, a despertar ilusões

Muito investi, não tive qualquer temor

Fui e venci, nos desafios do amor

Usei e abusei, do ardor da poesia

Mas economizei, no calor da putaria

Na prática deu tudo errado

Com fraco carinho, de toque medroso

Que lástima, momentos gelados

De beijos tão frios, sem cheiro sem gosto

Pouco investi, na arte da sedução

Fui e perdi, nos conflitos da paixão

Usei e abusei, do ardor da poesia

Mas economizei, no calor da putaria.

Música 8363, R.Bozza.

Sofrimento, Nº 8359

Sofrimento

Ah, como foi doída a farpa do desamor

Ah, quanto foi sofrido o espinho dessa dor

Ver do meu amor antigo

Minha amada minha amiga

O tão pouco que restou

Não tem mais, os cabelos cacheados

Tingidos retaliados, no formato e na cor

Não tem mais, os olhos amendoados

Sem vida desfigurados, por um rímel sem valor

Não tem mais, o sorriso estrelado

Sem brilho já desbotado, pelo escuro de um batom

Não tem mais, o beijo adocicado

Que um dia enamorado, meu coração imaginou

Ah, como foi doída a farpa do desamor

Ah, quanto foi sofrido o espinho dessa dor

Ver do meu amor antigo

Minha amada minha amiga

O tão pouco que restou.//

Música 8359, R.Bozza.

O inferno existe, Nº 8358

O inferno existe

Ontem, o reencontro foi triste

O mel, de toda ilusão azedou

Ontem, vi que o inferno existe

O céu, do meu sonho bom acordou

Cabelos de um louro, artificial

As lentes dos olhos, mudaram a cor

O rosto com cremes, como um ritual

Nos lábios um branco, estranho batom

Na boca o sorriso, outrora estrelado

Mostrava pedaços, de um fumo marrom

No corpo despido, um cheiro barato

Distante daquele, perfume da Avon

O beijo insosso, com gosto de nada

De língua molhada, que nem abalou

Um sexo frio, como a madrugada

Que mais parecia, um filme pornô

Ontem, o reencontro foi triste

O mel, de toda ilusão azedou

Ontem, vi que o inferno existe

O céu, do meu sonho bom acordou

Música 8358, R.Bozza.