Alegria geral, Nº 3033

 

Alegria geral

 

Que bom novamente lhe ver

Alegria geral

Felicidade total

A turma de amigos saber

Que você está bem

Boatos nem sempre são fatos

Às vezes maldade

Da língua de alguém

 

A vida ensina é mestra

Olha o Sol quanta luz

A natureza em festa

O Arco Íris reluz

Para os dissabores sorria

Que amanhã será novo dia

 

Lembra

Nós dois correndo na praia

Ventou

Jogando pro alto sua saia

Lembra

A maré cheia beijando areia

 

Quero crer

Nós dois não chegou ao fim

Que você

Ainda pensa em mim.//

 

Música 3033,Ademir Pereira/ R.Bozza.

 

 

 

 

 

 

 

Faz parte, Nº12027

 

Faz parte

 

Seus olhos brejeiros

Da cor da esmeralda

Do verde da mata

Nuances do mar

Meus olhos posseiros

Às vezes escuros

Às vezes castanhos

De tom a mudar

 

Se aproximaram

Com a benção de Deus

Depois se afastaram

Num triste adeus

 

Sofrer chorar

Sorrir cantar

No amor

Na paixão

Faz parte do jogo

Insano da vida

 

Ventura e dor

Chegada partida

Jogar sem querer

Ganhar ou perder

Faz parte do show

Cruel dessa vida

Música 12.027, R.Bozza.

 

 

 

 

 

Lamentos, Nº12028

 

Lamentos

 

Meus olhos

Se apossaram

Se apoderaram dos seus

Não os deixando escapar 

 

Seus olhos

Se aninharam

Adormeceram nos meus

De não querer acordar

 

O tempo passou

Sem pena

Tudo acabou

Que pena

 

 

Que é dos Meus olhos posseiros

O mundo não anda pra trás

Que é dos seus olhos brejeiros

O tempo não volta jamais

 

Sem pena

A vida não pode parar

Que pena

O jeito é continuar.//

 

Música 12.028, R.Bozza.

 

Imagens, Nº 12023

 

Imagens

 

O aço do espelho

Reflete a imagem

De um velho cravo sem cor

Semblante cansado

Corpo alquebrado

Pelo tempo que passou

 

Mas a vidraça não mostra

Do referido senhor

A alma criança

Em seu interior

 

Se o espelho mostrasse

Veria beleza

Da alma a pureza

Que o tempo não pode tocar

 

A fé numa santa

Que nada consegue abalar

A luz desta santa

Seu caminho a iluminar.//

 

Música 12023, R.Bozza.

 

 

 

 

 

O que faço, Nº12025

 

O que faço

Estou passando dos cinqüenta

Na alma o desassossego

Quase a entrar nos sessenta 

O corpo em desalento

 

Adormecido o amor

Amortiçada a paixão

O corpo perdendo o calor

E luto no coração

 

Não é que Cupido

Aliado ao Destino

Vejam só que maldade

Dois olhos verdinhos

Ainda nos vinte

Atiçando a saudade

 

E agora o que faço

Não sei se fujo

Covarde

Obedecendo ao juízo

 

E agora o que faço

Não sei se vivo

Sem medo

Esse amor proibido.//

Música 12.025, R.Bozza.

A felicidade, Nº 12026

 

A felicidade

 

A felicidade

Chegou

Lá longe

Há muitos anos atrás

Numa das voltas do tempo

Nos meus tempos de rapaz

 

A felicidade

Ficou

Lá longe

Há muitos anos atrás

Em outra volta do tempo

Tempo que não volta mais

 

Faz parte da vida

Sorrir e cantar

Quando arde o amor

Quando queima a paixão

 

Faz parte da vida

Sofrer e chorar

Quando esfria o amor

Quando apaga a paixão.//

Música 12.026, R.Bozza.

 

Será que lembra, Nº 12029

 

Será que lembra

 

Eu não esqueço

Aquela noite

Do céu sorriam

Luar balões e estrela  

 

Faz tanto tempo

Na mesma noite

Daquele dia

A mim se deu por inteira

 

Nossos olhos se buscando

Nossos corpos se tocando

Quase em fogo 

Docemente enamorados

Pouco a pouco

Loucamente apaixonados

 

E foi assim

O nosso amor

Lá pelos anos setenta

Começo e fim

Ventura e dor

Será que ainda se lembra.//

Música 12.029, R.Bozza.

 

 

 

Pouco e muito, Nº 12035

 

Pouco e muito

 

O amor ah do amor

Com carinho com ternura

Desfolhei já provei

Dessa flor

Mesmo assim

Pouco sei

Do aroma

Nem do sabor

 

Amor paixão

Sentimentos vibrantes

Um do outro

Tão perto tão distantes

 

A paixão ah da paixão

Por inteiro com loucura

Desfrutei amarguei

Dessa dor

Dela sim

Muito sei

Fui escravo

Também senhor

 

Paixão amor

Sentimentos tão fortes

São torrentes

De azar ou de sorte.//

 

Música 12.035, R.Bozza.

 

Maldade, Nº 12039

 

Maldade

 

Vejam só

Que maldade

O que aprontou comigo

Vejam só

Sem piedade

O demente Deus menino

 

Não sei

Se acaso

Talvez de caso pensado

Não sei

Se sozinho

Ou aliado ao destino

 

Ontem

Lá longe na mocidade

Separou nossas vidas

Desatou nossos passos

 

Hoje

Dentro da terceira idade

Reatou nossas vidas

E juntou nossos passos.//

Música 12.039, R.Bozza.

 

 

 

 

O dia dela, Nº 12040

 

O dia dela

 

Hoje é o aniversário dela

Da doce moça que tem o azul no olhar

Uma princesa com o coração de ouro

Raro tesouro difícil de encontrar

 

O que posso comprar pra dar a ela

Se no bolso tenho pouco

Minha conta lá no banco

Ta zerada em vermelho

 

Um floreio apanhado

Da roseira do vizinho

Um castelo desenhado

Numa folha de papel

 

Flores silvestres 

Que encontrei pelo caminho

Uma esteira com as estrelas

Mais brilhantes lá do céu

 

Só de venturas que seja a vida dela

Pedir a Deus numa forte oração

E além de tudo oferecer pra ela

Esse poema em forma de canção.//

 

Música 12.040, R.Bozza.

 

Inocência e indecência, Nº 12043

 

Inocência e indecência

 

Na fantasia

Com muitas prendas e mimos

Com versos com poesias

Eu conquistei

A fruta verdinha no pé

 

Que o amor almejava

Que a paixão desejava

Mas dele pouco entendia

E dela nada sabia

 

Foi na orgia

Com propostas atrevidas

Com taras com putarias

Que desfrutei

Da doce flor do bem me quer

 

Eu me apossei

Da inocente menina

E transformei

Numa indecente mulher.//

 

Música 12.043, R.Bozza.//

 

 

 

Não quero mais, Nº 12041

 

Não quero mais

 

Ontem

O que sentia por ele

Anseio ternura

Na verdade de quem ama

Ontem

O que sentia por ele

Desejo loucura

Na devassidão da cama

 

E o mundo corre

E a vida passa

O destino trama

Com ardis trapaças

Vitórias fracassos

Venturas desgraças

 

Hoje

O que sinto por ele

Ressentimento amargura

Faz parte da nova trama

Hoje

O que sinto por ele

Receio em vida futura

Não quero mais esse drama

 

E o mundo corre

E a vida passa

O destino trama

Com ardis trapaças

Vitórias fracassos

Venturas desgraças.//

 

Música 12.041, R.Bozza.

 

 

 

 

Sem sabor, Nº 12044

 

Sem sabor

 

Já tive mulheres

De todas as crenças

De todas as raças

Virgens rodadas

 

Solteiras casadas

Viúvas divorciadas

Mas não tive o sabor

De uma namorada

 

Já flertei já noivei

Já casei descasei

Fui juntado com tantas

Foram putas e santas

 

Quanto amor e paixão

Mas o meu coração

Sem pudores sem lei

A nenhuma entreguei.

 

Música 12.044, R.Bozza.

 

 

 

 

Desejos, Nº 12045

 

Desejos

 

Tão nova tão virgem

Tão cheia de vida

A alma carente

Em sonhos perdida

 

Embora ainda verde

O corpo ardido

Com fome com sede

Da carne do cio

 

Quantos Jovens namorados

Só aumentam meus anseios

Com carinhos controlados

Que não matam meus desejos

 

Quem espera sempre alcança

Diz o dito popular

Peito cheio de esperança

Eu estou a esperar

Quem desfaça minha trança

Quem me ensine o verbo amar.//

 

Música 12.045, R.Bozza.

 

 

 

Maldade, Nº 12046

 

Maldade

 

Já fui criança menina

Muito educada saia rodada

No mundo da ilusão 

Tão singela minha vida

Não pensava em namorado

Sempre obedecendo à razão

 

Depois mulher mocinha

Pouco educada calça apertada

Cigarrinho em minha mão

Desprezando o Deus Cupido

Traindo mil namorados

Semeando desilusão 

 

Hoje

Na terceira idade

Vejam só que maldade

O que me aprontou o destino

Tola

Longe da felicidade

Loucamente apaixonada

Por um rapaz ainda menino.//

 

Música 12.046, R.Bozza.

 

 

 

 

 

 

Vingança ou maldade, Nº 12047

 

Vingança ou maldade

 

Na meninice

Na puberdade

Na mocidade

Naquele tempo bom que passou

Quando eu era uma jovem flor

Quantas vezes zombei do amor

 

Vejam só

Por vingança ou por maldade

O que o Cupido me aprontou

Vejam só

Dentro da terceira idade

O triste drama em que estou

 

Por certo moço

Ainda na casca do ovo

Que mal desabrochou

Completamente

Desesperadamente

Perdida de amor.//

 

Música 12047, R.Bozza.

 

 

Mal classificados, Nº 12049

 

Mal classificados

 

O malandro berra

O malandro agita

O malandro rosna

De nada tem medo

Vende a bom preço

Deus e o Diabo

 

O otário reza

O otário faz figa

O otário adora

De tudo tem medo

Paga qualquer preço

Por Deus e o Diabo

 

Nada tem de santos

Mal classificados

Se dizem humanos

São simples macacos

Que a natureza

Amputou os rabos.//

 

Música 12.049, R.Bozza.