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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tudo bem, Nº 8146




Tudo bem 

Tudo bem eu já vinha me preparando, pra essa tal ladainha  
Que é preciso dar um tempo 
Tudo bem alguma coisa avisando, que já estava a caminho 
O desamor, a dor no peito

Não vou chorar, nem fazer drama
Não precisa se preocupar
Vou aceitar a sua trama
Com os mesmos deslizes jogar

Algumas mudanças no corpo e na alma
Quem sabe até será pro meu bem
Enquanto você, amanhece na farra
Eu adormeço nos braços de alguém
Enquanto você adormece na farra
Eu amanheço nos braços de alguém.//

Música 8146, R.Bozza.

domingo, 30 de outubro de 2011

Só espinhos, Nº 8159



Só espinhos 

Quase sempre, meus olhos procuram os seus
Famintos sedentos, de gula cheinhos
São olhos de lobo, sutis ardilosos
São olhos de fera, no auge do cio

Raramente, seus olhos encontram os meus
Raramente, você me concede esse mel
Nesses momentos, eu agradeço o Divino
Volto a ser criança, volto a ser menino

Esqueço o tempo passado
Esqueço todos dissabores
Que no meu peito arrasado
Só restam espinhos das flores.//

Música 8159, R.Bozza.


sábado, 29 de outubro de 2011

Ladainha Nº 8141


Ladainha 

Lá vem você, falar de novo
De coisas que já ficaram pra trás
Lá vem você falar de novo
De coisas doídas demais
Lá vem você falar de novo
De coisas que não valem mais


Coisas jogadas largadas, numa das voltas do tempo
Coisas que não tem mais jeito, mortas e enterradas
Em uma cova bem funda, no cemitério do peito

Lá vem você de novo, com essa tal ladainha
Nós dois outra vez, é um total absurdo
Faça como eu esqueça, pra esse amor vista luto
Reze uma prece um Pai nosso, e uma Ave Maria.//

Música 8141, R.Bozza.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pra nosso caso dar certo, Nº 8160



Pra nosso caso dar certo  

Pra nosso caso dar certo
Falta acertar uns detalhes
Analisar o correto
Limar algumas aparas
Fazer planos pro futuro
Sem esquecer do passado
Pra trama não virar drama
Dentro nem fora da cama

Aqui fora dela
Fina prendada elegante
E lá dentro dela
Uma fogosa amante
É tua a semana inteira, toda tua
És Madona, a Rainha eu escravo
Porém nas noites de sexta, sou da Lua
Da boemia, do samba da batucada.//

Música 8160, R.Bozza.





quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Que Ele me perdoe, Nº 8154


Que Ele me perdoe

Um dia, arco de ouro na mão o Cupido
Bateu às portas do meu coração
A mando de Nosso Senhor
Dizia, que Ele notou o meu peito vazio
Precisando de uma nova ilusão
Nova paixão, um novo amor

Mulher, pra minha alma de poeta encantar
Não vou enganar
Nessas, macaco velho que sou eu não acredito
Mulher, pro desejo em meu corpo saciar
Não posso negar
Dessas, com uma nota de cinqüenta eu consigo

 Por isso, vai dizer ao Pai do céu
Que perdoe, mas declino do convite
A minha vida não é mel nem fel
Um dia inferno, no outro paraíso 
Há muito já descrente do amor e da paixão
Sou livre e bem casado com a fiel solidão.//

Música 8154, R.Bozza.



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Errou e acertou, Nº 8124


Errou e acertou 

Quando ele falou, que estava indo embora
Quanto chorei, Deus quanto sofri
Aquele adeus, pondo um fim em nossa história
Naquela hora, quase morri
Não sei se foi pra zombar, ou para me consolar
De manso, ele me disse assim

Bem sei que deve estar doendo
Talvez do peito arrebentar
Mas tudo passa com o tempo
Nova pessoa há de amar
Até vai rir desse momento
Quando esse outro encontrar

Metade da premonição, literalmente acertou
De aliança no dedo
Já levo a vida com outro alguém
A outra metade porém, completamente ele errou
Aquela dor foi crescendo
E meu coração não amou mais ninguém.//

Música 8124, R.Bozza.













terça-feira, 25 de outubro de 2011

Amargura, Nº 7264


Amargura


Ela chegou na seresta, envolvente disparou
Um sorriso prateado, que a todos encantou
Depois cruzando as pernas, no vão das coxas mostrou
A fina calcinha amarela, friamente sem pudor

Ela parece um anjo e não é
Fim de noite cara cheia de cerveja
A princesa, perdeu toda realeza
E foi dormir com um cara qualquer

Dentro do meu peito, desespero amargura
Calo um soluço, de mágoa e dor
Parece impossível, que aquela criatura
Um dia foi, meu querido amor.//

Música 7264, R.Bozza.






segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Estranhos sinais, Nº 8158



Estranhos sinais 

Já tem algum tempo, venho observando
As coisas que diz e que faz
Seu comportamento, se modificando
Eu noto estranhos sinais
No seu modo de vestir, no seu jeito de andar
A toda hora cantando, um novo brilho no olhar
Talvez esteja enganado, fruto da imaginação
Só sei que ando cismado, com esta situação

Somente cisma, não desespero
Somente cisma, não qualquer desamor
Mudanças que não causam medo
Avisos que a santa amiga soprou
E se for verdade, com sinceridade
Não estou magoado, nem guardo rancor
Até acho graça, porque nunca é tarde
Para a gente viver um outro amor.//

Música 8158, R.Bozza.

domingo, 23 de outubro de 2011

Virada, Nº 7268


Virada


Um dia quis fazer amor com ela
Eu quis ser mais que amigo
Pedi pra ser o namorado dela
Mas argumentou sorrindo
Tanta lenga-lenga, tanto lero-lero
Foi tanto empecilho
Perdi a vontade, perdi o desejo
De tão desiludido

Acontece, Cupido sempre atento
Armou cilada, , transpassou seu peito
Com forte flechada , cheia de veneno

Hoje ela quer fazer amor comigo
Ser muito mais que amiga
Mas sorrindo pra ela eu disse não
Que por causa dela, hoje é de pedra
De aço de gelo, o meu coração.//

Música 7268, R.Bozza.





sábado, 22 de outubro de 2011

Não tenha medo de amar, Nº 8156


Não tenha medo de amar

Não se apavore comigo querida
Não é preciso ter medo de mim princesa
A língua do povo é pra lá de ferina
Vive caluniando sem ter a certeza

Não escute nada disso, senta aqui na minha mesa
Perca um pouco o juízo, na doçura da cerveja
Sinal verde pra alegria, e vermelho pra tristeza

Se ainda for menina, com o charme de homem velho
Prometo, sua alma encantar
Mas se acaso for mulher, com o fogo de homem novo
Eu juro, o seu corpo saciar

Por isso, não se apavore comigo
Será tudo, como você quiser
Homem velho pra menina
Homem novo para a mulher.//

Música 8156, R.Bozza.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Morrendo de medo, Nº 8149




Morrendo de medo 

Se ela não fosse assim, tão jovem menina
Muito verde, com tanta indecência a menos
Muito virgem sem uma indecência a mais
Se não tivesse um terço da idade da minha
Tolamente, eu não morreria de medo
Certamente, ela não me roubava a paz

De que me vale, a alma viril de menino
De que me vale, ser um professor em pecados
Se trago, os cabelos prateados clarinhos
Se tenho, o rosto e o corpo arrasados

Se ela fosse, um pouco mais mulher que menina
Eu não traria esse amor em segredo
Se sua idade não fosse um terço da minha
Dela, eu não morreria de medo.//

Música 8149, R.Bozza.









quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Calafrio, Nº, 7276


Calafrio


Nos meus os olhos da moça, senti calor senti frio
Da cor escura da noite, com os claros de um novo dia
Será que é amor, será que é paixão 
Esse mel que adoçou, o meu coração

Veio o sorriso da moça, com mil estrelas no cio
O Éden no vão das coxas, chegou a dar calafrio
Será que é amor, será que é paixão
Esse mel que adoçou, o meu coração

A virgindade da moça, ficou no lençol de linho
E foi morrendo a noite, era o Sol que nascia
Será que é amor, será que é paixão
Esse mel que adoçou, o meu coração.//

Música 7276, R.Bozza.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Melhor é fazer, Nº 8142


Melhor é fazer 

Mais uma vez foi tudo bem, sem vacilo sem errada
Um verdadeiro gol  de placa, legal
Não houve impedimento, sem mão na bola ou falta 
Derretidos, que nem sorvete ao sol
Eu e ela, de corpo e alma super saciados
Sem pranto de réquiem, só grito de carnaval

Melhor que falar, que ouvir é fazer
Por isso menina, venha ver pra crer

Comigo é assim, não importa se é virgem
Solteira, casada ou não
Sem preconceito de credo ou cor
Nunca fica ruim, não se perde a viagem
Não existe desilusão
Cartão vermelho para o desamor

Melhor quer falar, que ouvir é fazer
Por isso menina, venha ver para crer.//

Música 8142, R.Bozza.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ressurreição, Nº 7086

Ressurreição


Aquele cadáver, um triste esqueleto
Um corpo exposto à chuva ao sol
Todo em frangalhos, balançando ao vento
Hoje é réquiem o que foi carnaval
Outrora, foi uma alegre pipa
de alguma criança a doce ilusão
cheia de cores cheia de vida
Tudo que resta é recordação

Pobre coitada,  caiu em terrível desgraça
Despedaçada, a um negro fio enroscada

Ainda existe uma chance, molambo
Faz uma prece, põe fé em tua oração
Quem sabe do alto, te escuta algum santo
E com um pé de vento te joga ao chão
Talvez alguém, cheinho de pena
De alma serena e bom coração
Te cubra outra vez, com papel de seda
Ainda há tempo, pra ressurreição

De novo no céu, duelando fazendo escarcéu
A esperança, no olhar de alguma criança.//

Música 7086, R.Bozza.








segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma filha da puta, Nº 7098


Uma filha da puta


Você é bem filha da puta, falsa fingida mentirosa
Sutil entrou na minha vida, sob o disfarce de uma rosa
Depois abriu cruel ferida, feito uma hera venenosa
Procuro e não acho saída, pra essa paixão tão poderosa

Ah essa dor que não para, é um gostar de amargura
Isso é um mal que não sara, doença que não tem cura

Você é uma filha da puta, que eu não deixo de querer
Um sentimento que assusta, porque não para de crescer
Ta me levando à loucura, eu não consigo esquecer
Deve ser praga ou macumba, o amor que sinto por você

Ah essa dor que não para, é um gostar de amargura
Isso é um mal que não sara, doença que não tem cura.//

Música 7098, R.Bozza.

domingo, 16 de outubro de 2011

Matemática, Nº 7282


Matemática


Nós dois, é caso incerto
De pura matemática
Dezoito pra lá, sessenta pra cá
Mais de quarenta a sobrar
Na teoria dá certo, mas na prática
Vitória pra alma, porém o corpo deve fracassar

Mesmo que eu use toda malandragem
Toda pilantragem que a vida ensinou
Sendo um super sacana, lá nas batalhas da cama
Vai sobrar teoria, vai sobrar putaria vai sobrar tentação
Vai faltar pontaria, vai faltar energia vai faltar a paixão.//

Música 7282, R.Bozza.

sábado, 15 de outubro de 2011

Aquela sexta Nº 7288


Aquela sexta


Aquela sexta, foi deveras diferente
De fato não foi uma sexta qualquer
Eu cheguei na seresta por volta das sete
E me encantei com uma certa mulher

Uma rosa sem espinho, que floriu o meu caminho
Seus olhos sorrindo falavam, de amor para os meus
Meus olhos no cio chamavam, pra cama os seus
No rosto inocente, se via a ilusão
No corpo indecente, fervia a paixão

Aquela sexta, foi de fato diferente
Soltamos foguete em louco escarcéu
Com a gula de quem ama
Enroscados sobre a cama
Da suíte do hotel.//

Música 7288, R.Bozza.



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Que pena, 7289


Que pena


Amor é comédia, amor é tragédia
Pobre de quem, acredita nele
Um misto de não e de sim
Cupido é manhoso, um Deus vaidoso
Pobre de quem acredita nele
Pode ser começo ou fim
A sorte é ingrata, é mãe é madrasta
Pobre de quem acredita nela
A vida é mesmo assim

Que bom seria, seria bem diferente
Se a gente que a gente gosta
Também gostasse da gente

Eu amo certa pequena, de olhos e cabelos negros
Pele clarinha, sorriso marfim
Na boca rosada, suave carmim
Que pena, a minha doce princesa
Já tem o seu dono, já pertence a outro
Não olha, não nota não liga pra mim

Que bom seria, seria bem diferente 
Se a gente que a gente gosta
Também gostasse da gente.//

Música 7289, R.Bozza.




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O meu amor é assim, Nº 7291


O meu amor é assim


É assim o meu amor, o meu amor é assim
Eu gosto tanto dela, não sei se ela gosta de mim

Nos cabelos dela, me embolo me prendo
Nos olhos da moça, de amor me perco
O sorriso dela, de paixão me cega
Com o cheiro da moça, quase enlouqueço
No derrengo dela, todo me derreto
No andar da moça, no seu remelexo
Tudo que há nela, acende o desejo
Mas do vão das coxas, é que tenho medo

É assim o meu amor, o meu amor é assim
Eu gosto tanto dela, não sei se ela gosta de mim.//

Música 7291, R.Bozza.



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Imaginação, Nº 7295


A imaginação


Menina às vezes me pego imaginando
Se eu que não bebo
Tomasse copos de vinho cachaça cerveja
Se eu que não danço
Tirasse você pra comigo dançar
Não sei no que dava mas tenho certeza
Com a esperteza de um lobo, com a lerdeza de um tolo
No calor do rala coxa, já com a mente meio frouxa
Eu beijava sua boca, num beijo louco de escandalizar

Mas como não bebo não danço, nem tenho coragem
Para fazer a viagem, tomar essa decisão
Meu sonho encantado, começa e acaba
Fazendo amor com você, na palma da minha mão.//

Música 7295, R.Bozza.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ilusão, Nº 7299


Ilusão


Em uma noite de sexta, de brega e de seresta
Conheci certa menina, feita de pura energia
A cor da pele morena, olhos e cabelos negros
Atiçou o meu desejo, avivou a poesia
Encantou-me essa pequena,com o rosto de Maria
E o corpo com o calor de Madalena

A voz doce cristalina, sorriso lindo branquinho
Igual a chuva de neve, feito o nascer do dia

Lá vou eu pelo breu da madrugada
Na solidão dessa mesa, entre copos de cerveja
Com ela sonhando acordado
Que é a minha princesa, eu seu príncipe encantado
Lá vou eu de tolo velho menino
Poeta e eterno sonhador
Lá vou eu mais uma vez iludido
Que ainda há tempo, para viver novo amor.//

Música 7299, R.Bozza.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Nas coisas do amor, Nº 8106


Nas coisas do amor


Ontem só pensava nela, só gostava dela
Nas muitas vezes, que eu olhava para ela
Sempre com olhos vorazes, sedentos famintos
Olhos de fera de lobo, de gula de cio
Era um caos um Deus nos acuda
Descontrolava o pensamento
Poesia magia loucura
Um terremoto dentro do peito

Hoje não penso mais nela, nem gosto mais dela
Nas poucas vezes, que ainda olho pra ela
Nunca com olhos vorazes, saciados mortiços
Olhos de manso cordeiro, sem gula sem cio
Quando nós cruzamos pela rua
Nem mesmo abala o pensamento
Falta carinho, falta ternura
Só um vazio dentro do peito.//

Música 8106, R.Bozza.

domingo, 9 de outubro de 2011

Jóias sem valor, Nº 440


Jóias sem valor

Eu lapidei e derramei, aos pés dela
As mais lindas, poesias
Todo tesouro, que eu tinha
Meu relicário, de jóias musicais
Eu exultei e esperei, as palmas dela
Pelos aplausos, que não vinham
No chão meus versos, pareciam
Contas de vidro, sem valor e nada mais

Desilusão, é inspiração
Pra quem tem alma de poeta
Do desencanto fiz seresta 
E assim nasceu, essa canção

O tempo
Já levou tudo embora
Em meu peito
Deixou a cicatriz
Quem sabe
Onde estará agora
Se ela ri ou chora
Dessa canção
Que eu fiz.//

Música 440, R.Bozza.








sábado, 8 de outubro de 2011

Tempo bom, Nº 422

Tempo Bom

Antigamente, se namorava
De braço dado, entre olhares e carinhos
A Lua era, dos namorados
Pelas calçadas, nas cadeiras os vizinhos
Vestido longo, e salto alto
Unhas rosadas, iguaisinhas ao batom
Moça educada, bem perfumada
Ah que saudade, que me dá do tempo bom

De rosto colado, dançar agarrado
Roçar no salão
Do beijo roubado, com muito cuidado
O amasso no portão

E quando a noite, alcoviteira retirava
Do céu os astros, por ordem do Deus do amor
A gente então, pegava fogo
Incendiava, de tanto calor
Aos beijos molhados, no ardor da paixão
O seio dela, rosado macio
cabia inteirinho,  na palma da minha mão
Ah que saudade, ah que saudade me dá do tempo bom
Ah que saudade, ah que saudade 
Ah que saudade que me dá do tempo bom.//

Música 422, R.Bozza.




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A cor errada, Nº 418


A cor errada

Quando a minha branca, entra no samba
A gente bamba, abre a roda
Para que possa evoluir
Faz tal gingado, do salto alto
Quem não conhece, pensa que ela vai cair

A minha branca, de nascimento é alagoana
Mas ama o rio, é carioca de coração
Quando ela dança, todos encanta
É poderosa, é soberana é sensação

Da mãe herdou, a pele clara
Do pai crioulo,samba no pé
Bate pandeiro, é de capoeira
Tem preto velho e fez cabeça em candomblé

Fico pensando, fico cismando
Se houve engano quando meu amor nasceu
Acho que Deus, lhe deu a cor errada
Devia ser, negra ou mulata como eu.//

Música 418, R.Bozza.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O sertanejo, Nº 384





O sertanejo 

Nem uma nuvem no céu, até o ar incendeia  
Nem uma planta no chão, o olhar aflito mareia
Na boca o gosto amargo do sal
A terra toda é um braseiro, triste presságio de morte
Assim será o ano inteiro, como a selar sua sorte
Em chamas explode, inclemente o Sol

Mas o sertanejo sabe, que a noite traz a bonança
Ressuscitando a esperança, no amanhã que virá
Forte saca a viola do saco, solta uma prece bem alto
No afã de Deus escutar

E, talvez então quem sabe
A Lua cheia azulada
Transborde em rios de prata
A desaguar no seu chão
Canta, deixa a tristeza de lado
Sonha um pouquinho acordado
Que é um mar imenso o sertão
Que é um mar imenso o sertão.//

Música 384, R.Bozza.






















quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Meninos de rua, Nº 343

Meninos de rua

Aprendi a ler, em livros do lixo
Aprendi a escrever, nos blocos sem pauta
Do jogo do bicho

Aprendi a rezar, numa velha Bíblia
Aprendi a sofrer, a chorar a roubar
No livro da vida

Quem foi meu pai, não sei
Que é de minha mãe, não sei
Só sei do afago, sem graça dos braços
Compridos da lei
Só sei do abraço apertado dos braços
Pesados da lei

Meninos carentes, largados perdidos
Um dia vão ser
De armas na cinta, como eu só bandidos
De olho em você

São filhos da rua, não tem moradia
São frutos da sua, pura hipocrisia
São frutos da sua, Puta hipocrisia.//

Música 343, R. Bozza.



terça-feira, 4 de outubro de 2011

Graças a Deus, Nº 326

Graças a deus

Graças a deus ele voltou
À minha vida vazia
Trouxe de novo alegria
Ao lar que há tempos desfez
E meu pinguinho de gente
Já tem seu pai outra vez

Mudei as cores da casa
Comprei talheres de prata
Plantei na entrada um jardim
Pro violão cordas novas
Uso perfume de rosas
Do dia em que o conheci
De tudo fiz que agradasse
E não mais se afastasse de mim

Nada na vida vem de graça
Quem deve tem que pagar
Estou pagando bem caro 
O preço de ter um lar
Quando me leva pra cama 
Sem intenção de dormir
Como dói meu Deus, como dói meu Deus
Desejo eu ter que fingir.//

Música 326, R.Bozza.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Amor perdido, Nº 319


Amor perdido

Acabei de saber
Que ela voltou à nossa rua
Levava um violão
Cantava uma canção
De versos tristes
Falando de um amor
Antigo e na dor
De uma saudade
Eternamente sua
De um tempo em que a felicidade
Morava naquela rua

Meu coração
Bateu descontrolado
Queria o pobre coitado
Ir rever seu grande amor
Meu coração
Te aquieta dentro do peito
Que aquele amor não tem jeito
Que o nosso tempo passou.//

Música 319, R.Bozza.