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terça-feira, 31 de maio de 2016

Não sei, Nº 5793

Não sei

Por que
Sei lá não sei
Gosto assim tanto dela
Será
Talvez por que
Ela tem cabelos louros
Macios sedosos longos
Ou será também por ter

Os olhos amendoados
Feiticeiros sem pecado
Mais verdes que a verde mata
Misteriosos feito o mar
Dentro da boca rosada
Um sorriso cor de prata
O rosto santificado
Altar pra ateu rezar

Corpo perfeito
Do corpo incendiar
Curvas capazes
De fazer santo pecar
Por tudo isso
E ainda aquilo
Não tem mais jeito
O jeito é me apaixonar.//
Música 5793, R.Bozza / Maurício.












segunda-feira, 30 de maio de 2016

Poesia e putaria, Nº 8390

Poesia e putaria

Virgem que noite mais linda, eta que noite tão bela
À luz do luar
Olhos grudados nos olhos, ela e eu eu e ela
De boca colada, de língua enroscada
Num beijo molhado, que doce melado
Vivendo no céu da ilusão

Nós dois rolando na areia
No céu esteiras de estrelas

Eta que noite tão linda, virgem que noite mais bela
Na beira do mar
De corpo se abrindo pro meu, o meu entrando no dela
Na frente atrás, de tudo que é lado
Qualquer posição, em cima embaixo
Bebendo o mel da paixão

Nós dois gozando na areia
No céu esteiras de estrelas.//

Música 8390, R.Bozza.





domingo, 29 de maio de 2016

Temor, Nº 11329

Temor
Ontem
De mansinho ternamente
O acaso uniu a gente
Porém
Só com o céu do coração
Sem o mel da paixão

Depois
O destino cruelmente
Envolvendo qual serpente
Sem dó
Sem pena sem compaixão
Destruiu nossa união

Hoje
O acaso novamente
Pouco a pouco uniu a gente
Porém
Só com o mel da paixão
Sem o céu do coração

Temor
Que o destino deus demente
Outra vez indiferente
Sem dó
Sem pena sem compaixão
Ponha ao fim nossa união.//
Música 11.329, R.Bozza.



sábado, 28 de maio de 2016

Recomeço, Nº 11328

Recomeço

Eu vou começar
Uma nova fase
Sem medo
Em meu fim de vida

Sem me importar
Se em minha face
O tempo
Riscou tantas linhas

Fazer do amargor da saudade
Desta sublime dor
Um poderoso lenitivo

Não desistir da felicidade
Não achar que o amor
É um sentimento proibido

Não achar que a paixão de verdade
Esse forte calor
É uma missão quase impossível,//

Música 11.328, R.Bozza.




sexta-feira, 27 de maio de 2016

Depois do muro, Nº 11326

Depois do muro

Eu pulei o muro caí num futuro
De chão pedregoso
Caminhei no escuro com medo de tudo
Por um velho sonho
E cheguei ao fundo desse estranho mundo
Triste perigoso

Onde estavam todos quase fiquei louco
Clamei noite e dia quanta agonia
Cegos surdos mudos já em negro luto
Eles não me viam e nem me ouviam

Pobre de quem luta com tanto esforço
Cheio de euforia
Sem nenhuma ajuda sem nenhum socorro
Só a fantasia
Sem nenhum escudo o peito quase morto
Pela hipocrisia

Onde estavam todos quase fiquei louco
Clamei noite e dia quanta agonia
Cegos surdos mudos já em negro luto
Eles não me viam e nem me ouviam.//
Música 11.326, R.Bozza.









quinta-feira, 26 de maio de 2016

O que será, Nº 11319

O que será
Quase sem aviso
Esse vento forte
Que do sul desliza
Essa amena brisa
Que soprou do norte
Levou meu juízo

Será bom senso ou loucura
Será real ou visão
Será maltrato ou ternura
Essa estranha ilusão
Será veneno ou cura
Felicidade ou não

Vou jogar com a sorte
Mesmo proibido
Não sei quando e onde
Talvez fazer sentido
Será vida ou morte
Esse amor dividido

Será bom senso ou loucura
Será real ou visão
Será maltrato ou ternura
Essa estranha ilusão
Será veneno ou cura
Felicidade ou não.//
Música 11.319, R.Bozza.







quarta-feira, 25 de maio de 2016

O grande mal, Nº 11317

O grande mal

Perder você estava escrito
Foi mal menor
Não ter você é meu destino
O mal maior

Foi saber que pra você
Sou fruto amargo igual jiló
Que sempre quis desfazer
As mil amarras desse nó

É a incerteza de saber
Se algum dia me amou
É a tristeza de saber
Que de nós dois nada restou

É saber que sem você
Estou perdido
A minha vida
Será a saga de um só.//

Música 11.317, R.Bozza.






terça-feira, 24 de maio de 2016

Paciência, Nº 11311

Paciência

Tudo deixei do que é seu
Que um dia foi o nosso lar
Retratos roupas nem trapos
Que foram meus não vou levar

Sentimentos conflitantes
De menina de mulher
Nesse peito inconstante
Que ainda não sabe o que quer

Paciência eu espero
O amor em sua alma acontecer
A paixão o desejo
Nesse corpo cedo ou tarde florescer

Unindo a razão ao coração
Aí então vai perceber
Você sem mim eu sem você
É um negro mar de solidão.//

Música 11.311, R.Bozza.








segunda-feira, 23 de maio de 2016

Fim de caso, Nº 11310

Fim de caso

Nós dois
Com quase tudo acabado
Chegou
Bem perto de fim de caso

Um beijo
Cada vez mais distante
Cada vez mais escasso
Como fora um pecado
O sexo
Chega a ser congelante
Dia e hora marcado
 pré programado

Sem feitiço sem magia
Sem poesia
Sem desejo sem orgia
Sem fantasia

Nós dois
Hoje é um sonho acordado
Melhor
Ir cada um pro seu lado.//
Música 11.310, R.Bozza.









domingo, 22 de maio de 2016

Juca Marmita, Nº 759

Juca Marmita


Juaquim Augusto Dos Santos com u não com o, talvez por erro do cartório talvez por ignorância dos pais; nome de nascimento bonito poético pomposo digno de celebridades e da nobreza no entanto na prática somente Juca, Juca Marmita. Mais mulato do que negro feio estrábico olhos tortos mas de uma tonalidade rara linda de um verde das ondas do mar. Relativamente jovem trinta e poucos anos pensionista do INSS a mão esquerda inútil sem movimento acidente de trabalho, o sono a prensa a dor, hora extra de valor minguado, que ironia em plena folia de um domingo de carnaval.
Pela fatalidade indenização de algumas centenas de Real e proventos de um salário mínimo; ocupação atual engraxate de rua cômico e trágico; um engraxate maneta. Facetas do mundo cão ora comédia ora tragédia.
A família um grande peso, mãe entrevada setenta anos pai semi-louco bastante mais velho além dos oitenta, sem mulher sem filhos sem outros parentes; o arrimo deles e sempre discriminado como a maioria dos negros.
Só no alto do prédio em construção a um passo do nada. Lá embaixo os carros iguais de brinquedo e as pessoas pequeninas formigas todos num incessante pra lá e pra cá. Acima o céu nevoento nebuloso tenebroso mesclado de nuvens cinzentas enormes e assustadoras prenúncio de chuva forte violenta destruidora algoz de barracos frágeis como o dele; um amontoado de tábuas, ripas, papelão, plástico, zinco enfim de velhas sucatas todas dádivas do lixo. Um barraco ainda de pé só por milagre...milagre doce palavra louca quimera um dom de Deus, um Deus tão ausente distante e impalpável como o vazio na sua frente um Deus talvez de outros mas nunca dele.
Ficção ou realidade? E daí, dúvida sem sentido agora desnecessária. Um dos pés já sem apoio, dentro em pouco o final de tudo.
Nesse momento ao longe o clarão de um raio e o contorno da cruz da velha igreja, um lampejo de fé de consciência contra o ato insano, pobres dos velhos pais sozinhos doentes... um novo sentimento um novo pensamento fora desânimo fora descrença e outras coisas ruins; amanhã novo sol novo dia, um afã de coragem de esperança.
Talvez o destino talvez o acaso, sobra de azar falta de sorte ou um pouco de tudo isso no golpe de morte. Repentinamente um vento traiçoeiro o corpo em queda livre o grito de aflição o chão cada vez mais perto enfim o estrondo do baque. Pela calçada pedaços de ossos e carne pela rua no negro asfalto a mancha vermelha como em cachoeira de sangue e chuva pelas frestas do bueiro.
Pedaços mil pedaços do Juca Marmita o começo ou o fim dos castigos talvez pelos erros seus; agora nos braços ou não de Deus.//

Música 759, R.Bozza / R.F.Bozza.


sábado, 21 de maio de 2016

Promessas, Nº 5525

Promessas

Se você trocar sua mulher por mim
Prometo prometo sim
Sua vida vai deixar de ser jiló
Eu juro eu juro sim
Nesse desespero vamos dar um nó
Prometo eu juro sim
Nunca mais vai ser este só de dar nó

Promessa
É mole de prometer
E jura
Tão fácil de se jurar
Promessa
É fácil de esquecer
E jura
Tão mole de se quebrar

Por causa dessa descrença é que vivo
Bar em bar mesa em mesa sozinho
Fugindo
Dessas juras de carinho
Promessas
Das ofertas de outro ninho
Por aí sem ninguém ao Deus dará
Cuidando pra não desfazer meu lar.//
Música 5525, R.Bozza.





sexta-feira, 20 de maio de 2016

A receita, Nº 263

A receita

A receita de bom dia
Começa com prece a Deus
Alguns minutos de meditação
Dez segundos de alegria
Os olhos pousados no céu
E os dois pés bem pregados no chão

Ternura carinho à vontade
Um sonho com o que sempre quis
Enorme porção de caridade
Pro mundo viver mais feliz

Peneire a tristeza, a melancolia
Não ponha agonia, rancor
Não faz mal, uma gota de nostalgia
Cinco doses, de bom humor
De fé de otimismo, a mesma medida
Um copo cheio, de amor

Quem gostou dessa boa receita
Passe adiante pros seus
Boa sorte e não se esqueça
Começa com uma prece a Deus.//

Música 263, R.Bozza / R.F.Bozza.



quinta-feira, 19 de maio de 2016

Um menino chamado Jesus, Nº 283

Um menino chamado Jesus

Sonhei
Que por anjos fui levado
O Pai tinha chamado
Acusando esse Deus
Cheguei
Com o peito amargurado
No meu coração gelado
O sangue do filho seu

Do céu fiz um campo de guerra, descrente eu que era
Porém carinhoso o senhor
Ao invés de severo castigo, abraçou-se comigo
E ainda me abençoou
Mostrou o verdadeiro destino, daquele menino
Que todos chamavam Jesus
Não tinham espinhos suas flores, sem chagas sem dores
Sem pregos sem sangue, sem cruz,//

Música 283, R.F.Bozza/R.Bozza




quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ruínas, Nº 2898

Ruínas

Ontem o acaso de repente uniu a gente
Só com a ternura do coração
Faltou sexo faltou calor
Por isso o destino
Inclemente nos cobrou
Nossas camas separou

Hoje o acaso novamente uniu a gente
Só com a loucura da paixão
Sem a ternura de uma flor
Por isso o destino
Inclemente nos cobrou
Nossas vidas arruinou

Despedaçado todo sonho e fantasia
Fui me entregando insensata à orgia
À luxúria ao prazer
A mente insana como que entorpecida
O cio a cama dirigindo minha vida
Mesmo me deixando ver


Aquele homem que em desejo explodia
Com tal fúria tal calor
Mascarando o desamor
Não era o mesmo namorado que um dia
Aos meus pés ajoelhou
A jurar eterno amor.//

Música 2898, R.F.Bozza/R. Bozza.







terça-feira, 17 de maio de 2016

O arrimo, Nº 3499

O arrimo

Jesus vai cortando depressa a cana
A cana sem pressa cortando Jesus
O Sol lá no céu com tal fúria queimando
Mostrando que a lida
Nessa dura vida
Ás vezes parece o castigo na cruz

A velha Maria em fortes rezas
Os olhos sem luz a mesa vazia
A esperar pelo charque e farinha
O jovem Jesus por que não se apressa

Olha a faca olha a briga
Sem trégua sem bonança
Olha o sangue o vermelho
Sobre o verde da cana

Olha a dor olha a morte
Olha a sorte ingrata
Do arrimo que aparta
Dessa vez é o bom Jesus
Que sem ter culpa se acaba
E que não volta pra casa.//
Música 3499, R.F.Bozza/R.Bozza.








segunda-feira, 16 de maio de 2016

Clarissa, Nº 4342

Clarissa

Antes de conhecer essa menina
Escravo da desilusão
Vivia maldizendo minha sina
Casado com a solidão

Andava por aí sem um carinho
Bebido um coitado sem valor
No peito uma coroa de espinhos
Plantada pelas mãos de um falso amor

O peito sem ternura arrasado
Aí eu conheci esse pecado
Devorado pelo fogo da paixão
Hoje não sou mais um derrotado
Vivo abençoando o meu fado
Divorciado da ingrata solidão

Clarissa Clarissa
Quando nós vamos pra cama
Do seu corpo provo o sal
Da sua boca bebo o mel
Meu São João meu Reveillon meu Carnaval
Minha primeira dama meu pedacinho de céu.//
Música 4342, R.Bozza.








domingo, 15 de maio de 2016

Acerto de contas, Nº 4310

Acerto de contas
Tão além do firmamento onde só em pensamento
Se é capaz de alcançar
No afã de um momento com a alma em tormento
Fui a Deus desafiar

A guerra é declarada a paz do céu quebrada
Mil anjos se quedando ao invasor
Na direita mandamentos na outra ensinamentos
Enfim cheguei diante do Senhor

Pai eu vim falar
De corações negros sem luz
Pai vim acusar
De sangue fresco espinho cruz
Pai vim questionar
O sacrifício de Jesus

Do céu fiz um campo de guerra
Descrente que era porém o Senhor
Ao invés de severo castigo
Abraçou-se comigo e ainda me abençoou

Mostrou o verdadeiro destino
Daquele menino chamado jesus
Não tinham espinhos suas flores
Chagas ou dores nem pregos sangue ou cruz.//
Música 4310, R.F.Bozza/R.Bozza.



sábado, 14 de maio de 2016

Com fé, Nº 11309

Com fé

Do céu do amor
Um sentimento tão lindo
Por mais que a gente se esquive
Cedo ou tarde ele vem
É dom divino amar
Que faz a alma sonhar

Do mel da paixão
Seja sensata ardida
Por mais que fuja evite
Com ele chega também
Com o sangue a incendiar
Que faz o corpo queimar

Sorrir cantar
Pela pessoa querida
Sofrer chorar
Na hora da despedida

Com fé sempre agradecer
O bem que nos traz a vida
Não por a culpa em Deus
Da felicidade perdida.//
Música 11.309, R.Bozza.




sexta-feira, 13 de maio de 2016

Provação, Nº 4927

Provação

Com os olhos rasos d’água
Coração cheio de mágoa
No silêncio do meu quarto
Pondo a culpa no destino
Numa prece ao Divino
Peço por tranquilidade

Com os olhos rasos d’agua
Coração cheio de mágoa
Eu pergunto ao bom Deus
Por que ele e não eu

Pra aceitar esse momento
De abandono e sofrimento
Abraçada ao seu retrato
Contrariando a lei da vida
Sofro nova despedida
Perco outro filho meu
Com os olhos rasos d’agua
Coração cheio de mágoa
Eu pergunto ao bom Deus
Por que ele e não eu.//

Música 4927, R.F.Bozza/R.Bozza.



quinta-feira, 12 de maio de 2016

4937 - Precaução

Precaução

Do que é teu não quero nada
O que é meu não vou levar
Roupas cartas retratos
Que n em sei se foi um lar

De liberdade é hora
Com a despedida agora
Volto de novo a sorrir
É adeus to indo embora
Vou por esse mundo afora
Nada mais me prende aqui

Se por carta me despeço
É bom senso precaução
Não é delicado confesso
Mas evita confusão

E se num tempo futuro
Qualquer motivo houver
Eis amor não me procure
Que não procuro você.//

Música 4937, R.F.Bozza/R.Bozza.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Fracasso, Nº 11308

Fracasso

Depois
Da cruel desilusão
Deixei
De amar sem ser amado

Meu mal
Coloquei os pés no chão
Total
Reconheci o fracasso

Nós dois
Foi um gostar insensato
Bem sei
Um querer desesperado

Um sal
Que fere o corpo e a alma
Com cal
Vou enterrar o passado.//

Música 11.308, R.Bozza.




terça-feira, 10 de maio de 2016

A missiva, Nº 4938

A missiva
Derradeira decisiva
Essa missiva
É o jeito certo
De dizer adeus

Desilusão por traição
Pra dar perdão
Tem que ser santo
Ou anjo de Deus

Não pode ser
Um pecador
Tão sofredor
Assim como eu

Segue seu caminho
Vive seu destino
Deixe-me sozinho
Porque pra mim não és mais flor mulher

Planta só de espinho
A ferir sorrindo
Pegue seu carinho
Dê tal desamor para quem quiser.//
Música, 4938, R.Bozza.


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Mais uma noite, Nº 4960

Mais uma noite
Mais uma noite como sempre
O fel do vinho a seresta
Lápis e papel na mão
Mais outra noite como sempre
Sem carinho o poeta
Naufragado em solidão

De repente
De uma ausência
Outra vez a machucar
Novamente
Certa essência
Docemente encheu o ar

Era o mesmo perfume dela
Daquela antiga quimera
Querendo ressuscitar
O sentimento
Num só momento
Naquela brisa a passar

Lá se foi de braço dado
Pela fria madrugada
A seresta a razão
Só restou no bar fechado
Um poeta embriagado
Lápis e papel na mão.//

Música 4960, R.F.Bozza/R.Bozza.