Por causa do amor, Nº 5298

Por causa do amor

O amor

Me pegou enfim

Sutil de repente

O amor

Quando chega assim

Na vida da gente

O mundo fica de pernas pro ar

É um tal de sorrir é um tal de cantar

Quanto cantei e sorri

De bom poeta que sou

Em madrigais escrevi

Um carnaval pro amor

O amor

Ao fugir de mim

Foi tão de repente

O amor

Quando chega ao fim

Na vida da gente

O mundo fica de pernas pro ar

Num tal de sofrer num tal de chorar

Quanto chorei sofri

Mas bom poeta que sou

Em tristes ais escrevi

Um réquiem pro amor.//

Música 5298, R.Bozza.

Farpas, Nº 11459

Farpas

Poeta pese o sentimento

Reflita mais um momento

Nas causas da desunião

Ninguém no mundo é perfeito

Quem não pratica o mal feito

Chega de fel no coração

Pense ao certo por que

No calor daquela hora

Sem uma gota sequer

De pranto ela foi embora

Não deixe nublar a visão

E veja quem teve razão

Abrande um pouco o peito

Pedindo e dando perdão

Põe fim neste sofrimento

Nas farpas da separação

Quem sabe ainda há tempo

Para reconciliação.//

Música 11459, R.Bozza.

Sonhos, Nº 11460

Sonhos

Quando eu tiver

A insensatez dos vinte anos

Terei muitas namorados

Que farão de um tudo por mim

Assim sonhei

No início da puberdade

Assim sonhei

Com a tal da felicidade

A mão do tempo rodou

De mansinho de roldão

Porém bem pouco adoçou

O amargor da solidão

Dentro do meu coração

Não desisti de sonhar

Não desisti do amor

Não desisti da paixão

Quando eu tiver

A sensatez dos trinta anos

Terei diversos amantes

Que farão de um tudo por mim

Assim sonhei

Já no fim da mocidade

Assim sonhei

Com a tal da felicidade

De novo o tempo rodou

De mansinho de roldão

Dentro do meu coração

Cada vez mais me atirou

No desamor na solidão

Eu desisti de sonhar

Não creio mais no amor

Não creio mais na paixão.//

Música 11.460, R.Bozza.

Quase perfeita, Nº 11458

Quase perfeita

Marina

Pequena bonita

Dos cabelos negros

Nos ombros caídos

E pele morena

Sedosa macia

Nos olhos de gueixa

A luz do luar

Sensual serena

Uma obra prima

Marina

Donzela atrevida

De jeito manhoso

De fala argentina

Que quando passa

Deixa o perfume

Que exala das rosas

Pairando no ar

Eu creio foi feita

Pela mão divina

Marina

Ninfeta ardida

De corpo dengoso

Curvas sinuosas

Que excita o prazer

Capaz de fazer

Um ateu rezar

O santo pecar

E pra ser perfeita

Só falta ser minha.//

Música 11.458, R.Bozza.

Ingenuidade e realidade, Nº 11457

Ingenuidade e realidade

Na maternidade

Um novo tesouro

Enchendo o olhar

A paternidade

Corri pro cartório

Para registrar

Que mundo bom

O da fantasia

Da ingenuidade

Que mundo mau

O da agonia

Da realidade

Foram tesouros

Tão adorados

Ontem meu tudo

O sonho encantado

Hoje estranhos

Parecem fantasmas

Que mundo bom

O da fantasia

Da ingenuidade

Que mundo mau

O da agonia

Da realidade.//

Música 11457, R.Bozza.

Sei não, Nº 11456

Sei não

Sei lá não sei

Sei lá sei não

Por quanto tempo

A todo momento

A gente sonhava

A mesma ilusão

Que mundo bom

Quando uniu nós dois

Que mundo mau

Ao separar depois

Sei lá não sei

Sei lá sei não

Só sei que esse bem

Sem nenhum talvez

Ainda mora

No meu coração

Que mundo bom

Quando uniu nós dois

Que mundo mau

Ao separar depois.//

Música 11.456, R.Bozza.

Apesar, Nº 11455

Apesar

Apesar

Da diferença de idade

Da aliança no dedo

Benzida por santo padre

De tudo que é documento

Lá no cartório firmado

Apesar

Dos vinte anos pra lá

E dos cinqüenta pra cá

Da mocidade aflorando

Do fim da estrada chegando

Do risco de perdas e danos

Vamos caminhando

No céu do amor

Vamos levitando

No mel da paixão

Vamos sonhando a mesma ilusão

Com o corpo a alma e o coração.//

Música 11.455, R.Bozza.

Sem perdão, Nº 11454

Sem perdão

Posso me dar perdão

Do mal que aconteceu

Nossa separação

Aquele triste adeus

Nos dias amargos

Praguejo o Diabo

Nos dias serenos

Ponho a culpa em Deus

Nossos dias de céu

Se de nada valeu

Nossas noites de mel

Se ela já esqueceu

Réu confesso eu sou

Não culpo o Demo não culpo o senhor

E nem me dou perdão

Falhei no amor falhei na paixão.//

Música 11.454, R.Bozza.

Ainda é assim, Nº 11453

Ainda é assim

Ontem

Tão perto dos meus olhos

E tão longe do meu coração

Nós dois tão crianças

Eu de calças curtas

Ela usando tranças

Longe ou perto

Foi sempre assim

Morria de amor por ela

Que pouco gostava de mim

Hoje

Tão longe dos meus olhos

E tão perto do meu coração

Amor á distância

Querença tão pura

Com a mesma esperança

Longe ou perto

Ainda é assim

Eu morro de amor por ela

E ela não gosta de mim.//

Música 11.453, R.Bozza.

Zig zag, Nº 11448

Zig zag

Pobre coitado

Meu coração

Parece carro de bêbado

Cada vez mais acelerado

Em zig za

Sem direção

Seguindo sem rumo certo

Por um caminho incorreto

Andando parando

Aos trancos e barrancos

Dando levando porrada

Por causa de enganos

As perdas e danos

São tantas que quase matam.//

Música 11.448, R.Bozza.

Descrença, Nº 11447

Descrença

Um dia

Lá na mocidade

Quando meu caminho cruzou

Havia

A ingenuidade

Correndo a nosso favor

A gente

Com tão pouca idade

Nada entendia de amor

Foi bom

Dias de céu

Quando minha alma adoçou

Depois

Noites de mel

Quando em meu corpo entrou

Aí

No fim da mocidade

Dentro

Da segunda idade

Dias sem Deus

Quando minha alma lacerou

Noites de fel

Quando meu corpo desprezou

Hoje

Descrente do mundo

Descrente de tudo

Sigo

De mal com a vida

Sem rumo perdida.//

Música 11.447, R.Bozza.

Como seria, Nº 11449

Como seria

Às vezes

Meus pensamentos

Por você são puros

Totalmente puros

Bem que você podia

Durante a luz do dia

Ser a minha mãezinha

Doce flor do bem me quer

Fico pensando

Como seria

Durante o dia

Nós dois

À meia voz

Inebriados de ilusão

Em outras

Meus pensamentos

Por você são putos

Loucamente putos

Bem que você podia

Nas madrugadas frias

Ser a minha putinha

Minha amante e mulher

Fico pensando

Como seria

Durante a noite

Nós dois

Entre os lençóis

Incendiados de paixão.//

Música 11.449, R.Bozza.

Derradeira viagem, Nº 11450

Derradeira viagem

Retratos da mocidade

Já desbotados com o tempo

Quantas lembranças me trazem

Conflitos de sentimentos

Os pensamentos me traem

A todo e qualquer momento

Daquela felicidade

Misto de dor e saudade

Inquietando meu peito

No fim da terceira idade

Pra derradeira viagem

A esperar o momento

Sorrir e cantar

Sofrer e chorar

O que se ganhou

O que se perdeu

Porque do amanhã

Só quem sabe é Deus.//

Música 11.450, R.Bozza.

Foi no inverno, Nº 11046

Foi no inverno

Era início de inverno

Manhã morna

Tarde quente

Noite fria

Eu satisfiz meu desejo

De quem ama

Ardentemente

Com orgia

Quebrou-se todo encanto

Ao descobrir sua trama

O quanto ele me traía

Por tantas perdas e danos

Desencontros desenganos

Enquanto a ficha caía

Deixando de ser ingênua

Perdeu-se toda magia

Crucifiquei a mim mesma

Quanto a verdade doía

Era final de inverno

Eu chorava ele sorria.//

Música 11.046, R.Bozza.

Pro bem ou pro mal, 11451

Pro bem ou pro mal

Com toda certeza

Numa hora dessas

Cedo ou tarde

Tarde ou cedo

Em qualquer curva

Da estrada

Em qualquer reta

Do caminho

De novo

Ela e eu

De amor perdidos

Na mesma ilusão

Num sonho

Eu e ela

Ainda ardidos

Na antiga paixão

Em alguma das esquinas

Dessa intrincada vida

Não sei se réquiem

Não sei se carnaval

Talvez pro nosso bem

Talvez pro nosso mal.//

Música 11.451, R.Bozza

Coisas da vida, Nº 11048

Coisas da vida

Entre a gente

São tantas muralhas

São tantos abismos

Entre a gente

São tantas ciladas

São tantos perigos

Em nossa estrada

Intrigas maus tratos

Coroas de espinhos

Amigos que falam

Parentes que malham

Chamando pra briga

Palavras covardes

Levantando falso

A gente nem liga

Se houver desencanto

Com perdas e danos

São coisas da vida.//

Música 11.048, R.Bozza.

Na beira do mar, Nº 11049

Na beira do mar

Faz tempo ainda me lembro

Conheci o meu herói

Foi em meio de dezembro

A história de nós dois

Mais de meio dia

A tarde caía

O sol a brilhar

Meus olhos nos seus

Seus olhos nos meus

Na beira do mar

Desse tempo não esqueço

A lembrança como rói

Sem piedade meu peito

A saudade arde dói

Já no fim do dia

A noite nascia

A lua a brilhar

Meu corpo no seu

Seu corpo no meu

A gente a se amar.//

Música 11.049, R.Bozza.