Mãe
Quando penso, as tantas vezes que menino
Bem pequenino, obriguei-te a levantar
Em plena noite, pra mudar a minha fralda
E com teu seio, meus temores afastar
No todo pranto, que por mim já derramaste
Quanto rezaste pro Senhor não me levar
É que percebo, não valer o chão que pisas
E me arrependo, dos repentes sem pensar
Onde faço, sofrer mais que em pequenino
Quando menino e não sabia magoar
Agora sei, assim mesmo vou ferindo
Ainda em troca teu carinho tu me das
Vai longe o tempo, que de beijos me cobrias
Quando eu corria, pro teu colo a soluçar
Contando as dores, as angústias que sofria
Dizias filho, não é nada vai passar
Hoje as tristezas, deixam marcas no teu rosto
Tanto desgosto, posso ler em teu olhar
Teus olhos falam, de um passado tão distante
De uma saudade, que ninguém pode apagar
Mas bons momentos, como este são tão raros
Não faças caso, do que acabo de falar
E por favor, perca de vez essa mania
De todo dia, quando eu saio me rezar.//
Música 91, R.Bozza.