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terça-feira, 31 de julho de 2012

Mãe, Nº 91


Mãe

Quando penso, as tantas vezes que menino
Bem pequenino, obriguei-te a levantar
Em plena noite, pra mudar a minha fralda
E com teu seio, meus temores afastar
No todo pranto, que por mim já derramaste
Quanto rezaste pro Senhor não me levar
É que percebo, não valer o chão que pisas
E me arrependo, dos repentes sem pensar

Onde faço, sofrer mais que em pequenino
Quando menino e não sabia magoar
Agora sei, assim mesmo vou ferindo
Ainda em troca teu carinho tu me das
Vai longe o tempo, que de beijos me cobrias
Quando eu corria, pro teu colo a soluçar
Contando as dores, as angústias que sofria
Dizias filho, não é nada vai passar

Hoje as tristezas, deixam marcas no teu rosto
Tanto desgosto, posso ler em teu olhar
Teus olhos falam, de um passado tão distante
De uma saudade, que ninguém pode apagar
Mas bons momentos, como este são tão raros
Não faças caso, do que acabo de falar
E por favor, perca de vez essa mania
De todo dia, quando eu saio me rezar.//

Música 91, R.Bozza.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Perdoe Portela, Nº 121

Perdoe Portela

De novo o carnaval chegou
Está luxuosa a avenida
Mil alegorias coloridas
Um verdadeiro esplendor
Minha querida Portela
Não sei se vai me ver por lá
Pois meu coração só deixa
Cantar canções como essa
Qual espinhos a lacerar
De até a alma chorar

Vejam que ironia, hoje é o grande d
Minha Portela querida
Esse ano meu coração, de luto não quer desfilar.//ia
E ela vem dizer assim
Que passei da conta, tá de malas prontas
Que não quer mais saber de mim
Faz parte do amor
Como faz parte da vida
Na chegada sorrir cantar, na partida sofrer chorar
Perdoe por favor

Música 121, R.Bozza.


domingo, 29 de julho de 2012

A arte poética, Nº 8533


A arte poética

Por que nem tudo nos foi dado a entender
Por que por mais que estudemos a lógica
Essa não nos levará a compreender
A perfeição e a imperfeição das coisas
Sejam concretas ou abstratas
O início o fim, o tudo o nada

Coisas essas, vividas
Na luta do dia a dia
Coisas essas, sentidas
Na incerteza da fantasia
Coisas essas, que vistas
Na beleza da poesia

Não são apenas palavras, usadas só por passatempo
Mas sim a arte filosófica, de expressar sentimentos
Do ódio ao amor
Da indiferença à paixão
Pelos caminhos do corpo
Da alma do coração.//

Música 8533, R.Bozza / Marcos Campos.


sábado, 28 de julho de 2012

Descuido ou castigo, Nº 8537


Descuido ou castigo

Antigamente
Era só eu e ela
Antigamente
Era só ela e eu
O nosso amor era um mel
A nossa cama um carrossel
Em doces viagens pro céu

Depois, pelas tramas do destino
Talvez, por um drama do acaso
Outra pessoa apareceu
Depois, por descuido do Divino
Talvez, por castigo do Diabo
O mal maior aconteceu

Atualmente
Não há mais eu e ela
Atualmente
Não há mais ela e eu
Virou inferno o céu
Tudo entre nós se perdeu
Num doloroso adeus.//

Música 8537, R.Bozza.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que fui e o que sou, Nº 8532


O que fui e o que sou

Ontem, eu sei que fui em sua vida
Loucamente, aquela dama desejada
Tontamente, aquela peça preferida
Ontem, eu sei que fui ao seu lado
Aquele verso bem escrito
Em uma história encantada

O que Cupido tem de louco
Tem o Destino de cruel
A nossa vida é um jogo
Ora no inferno, ora no céu

Hoje, o que sou eu em sua vida
Certamente, uma dama desprezada
Futilmente, uma peça preterida
Hoje, eu sei que sou ao seu lado
Aquele verso mal escrito
Em uma história assombrada

O que Cupido tem de louco
Tem o Destino de cruel
A nossa vida é um jogo
Ora no inferno, ora no céu.//

Música 8532, R.Bozza.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Justiça divina, Nº 8536


Justiça divina

Essa história é vulgar, mas é verdade também
Quando eu troquei de par, pelo corpo de outro alguém
Quando abandonei meu lar, quando pra trás não olhei
Que acertara o milhar, de tolo que sou pensei

Não demorou muito tempo, eu pra cá ela pra lá
Hoje vou levando a vida, nas mesa frias de um bar
Essa vida é mãe madrasta, esse mundo pai padrasto
E a justiça divina, ela tarda mas não falha

Eu posso testemunhar, pois aconteceu comigo
O remorso a lacerar, Deus me mandou por castigo
Quando troquei o meu par, quando traí um amigo
Não acertei no milhar, só destruí dois abrigos.//

Música 8536, R.Bozza.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Maldade, Nº 8523


Maldade

Três compositores
Perdidos de amores
Ela por eles, eles por ela
Num tempo em que a vida
Sorria em cores, em doce aquarela
O dia era lindo, à noite luar e estrelas

Eles disfarçavam, ela escondia
Os seus sentimentos
O tempo passava, até que um dia
Maldaram os versos
Falaram daquilo, numa poesia
O mal estava feito
Assim começava, a três a orgia
E deu dor no peito

Três compositores
Perdidos em dores
Ela sem eles, eles sem ela
Num tempo em que a vida
Chorava sem cores, perdeu-se a aquarela
O dia era feio, à noite sem lua e estrelas.//

Música, 8523, R.Bozza.