Flores e
farpas
Os nossos olhos
Já foram doces, já foram flores
Adoçando, perfumando
Os nossos olhos
Já foram joias, foram adornos
Enfeitando, embelezando
O corpo a alma o coração
As nossas noites de sexta
Ao agito de um brega
No carinho da seresta
Naquele tempo querida
Doce mel a nossa vida
Sonhando a mesma ilusão
Os nossos olhos, hoje são farpas
Maltratando, perfurando
Os nossos olhos, hoje são facas
Lacerando, retalhando
O corpo a alma o coração
Hoje nas noites de sexta
Já não vibro com o brega
Não fascina a seresta
As esperanças perdidas
Separadas nossas vidas
Quanta amargura e solidão.//
Música 9515, R.Bozza