Ta com jeito, Nº 7959

Ta com jeito 

Essa bonita pequena, de seios afortunados
De pernas grossas perfeitas, bunda redonda empinada
Essa altiva princesa, de pele negra
Sorriso branco espelhado 

Me deixa com o olhar perdido, no vão das suas coxas 

A entrada do paraíso, coberta por calcinha roxa

Quem sabe perde o juízo, de cara aceita o convite 

Para dormir, o final dessa noite comigo 

Se disser sim se aceitar,

Peço outra cerveja pra comemorar

Se disser não se recusar

Pago a conta e vou beber em outro bar.// 

Música 7959, R.Bozza.

Dependência, Nº 7953

Dependência

Antigamente, não precisava da lua

Pra dar calor aos meus sambas

Pra dar sabor aos meus versos

Bastava o céu dos seus olhos

Bastava o afã do seu corpo

Bastava o mel dos seus beijos

Lá foi o mundo girando, pelo espaço correndo

Lá foi o tempo passando, sem dó a vida batendo

Atualmente, sou dependente da lua

Pra dar calor aos meus sambas

Pra dar sabor aos meus versos

Que é do céu dos seus olhos

Não tenho o afã do seu corpo

Perdi o mel dos seus beijos.//

Música 7953, R.Bozza.

Tempos de guerra, Nº 7946

Tempos de guerra

Já tem algum tempo, que nós estamos em guerra

Que ela não faz um carinho em mim

Que eu não faço um carinho nela

Nesse algum tempo, de tanto que dói a saudade

Não parece só algum tempo, mas uma eternidade

To com as mãos  cheias de calo

De tanto rezar oração

Os joelhos em frangalhos

Por muita peregrinação

Pedindo a todos os santos, para quebrar o quebranto

Para acabar com os tempos de guerra

Que a devolva pra mim e me devolva pra ela.//

Música 7946, R.Bozza.

Mistura fatal, Nº 7422

Mistura fatal 

Na penumbra, no refúgio de um bar 

Eu vivo a me desgraçar 

Totalmente derrotado. literalmente afogado 

Quase a desabar sobre a mesa
Numa mistura fatal, de vinho cachaça e cerveja 

Tudo por causa de certa menina 

De olhos negros e pele clarinha
No corpo o sabor do pecado 

Sorriso em branco marfim 

Na boca um rosado carmim 

Mas coração, de gelo e aço 

De corpo e alma, amor me jurou
E com um outro, a jura quebrou 

Por essa menina, em mesas de bar 

Eu vivo a me desgraçar.// 

Música 7422, R.Bozza.

Vida madrasta, Nº 7424

Vida madrasta

Não posso mais

Viver sofrendo, estou morrendo

perdi a paz

A mendigar, o amor de uma mulher

A me humilhar, por alguém que não me quer

Vida bandida sofrida, doída, madrasta

Não posso mais, ser tão escravo dessa louca ilusão

 Preciso calar, o coitado do meu pobre coração

A bater no peito desesperado

Que sem ela, a vida não vale nada.//

Música 7424, R.Bozza.

Coisas, Nº 7943

Coisas

Se essa princesa pudesse ouvir, o meu pensamento

As coisa santas e putas que vivo a ocultar

Cá dentro do peito

Se atirava em meus braços

Ou sairia correndo

Coisas santas, nós dois de dedos entrelaçadas

Aos beijos de lábios selados, pra lá de inocentes

Com a lua azulada brilhando no alto do céu

Coisas putas, nós dois de corpos nus enroscados

Aos beijos de língua molhados, pra lá de indecentes

Em cima da cama, de uma suíte de hotel

Se essa princesa pudesse ouvir, o meu pensamento

Se atirava em meus braços, ou sairia correndo.//

Música 7943, R.Bozza.

Dias e noites, Nº 7940

Dias e noites

De dia você me olha, com um carinho de menina

Inocente, doce flor do bem-me-quer

À noite você me olha, com overdose de malícia

Indecente, a se oferecer mulher

Quando olha com inocência, estremeço de ilusão

Quando olha com indecência, incendeio de paixão

De dia você, é uma santa criança e me espanta

À noite você, é uma puta astuta e me assusta

E assim são os meus dias, e assim são minhas noites

Espantado assustado, loucamente enamorado.//

Música 7940, R.Bozza.

Que ironia, Nº 7431

Que ironia 

Quando tropecei com essa mulher
Voltei a ser criança, cara suja e pé no chão 

Preciosa flor do Bem-me-quer 

Cantei dancei ciranda, voei nas asas da ilusão 

Quando me encantei com essa menina
Eu me senti menino, correndo atrás de balão 

Foi encanto, feitiço magia 

Outra vez o destino, mudando meu coração 

Quando desnudei essa criança 

Ali, profanei o evangelho 

Desatei o nó da sua trança 

Com o meu saber de homem velho

Essa criança, menina mulher
Que outrora foi só minha quem diria hoje em dia
Nem me olha, não me nota não me quer.//

Música 7431, R.Bozza.

À janela, Nº7433

À janela

Era madrugada abri a vidraça, deixando o frio entrar

Na noite bem alta de azul e prata, no céu a lua a brilhar

O fel do cigarro o mel da cachaça, pra solidão aliviar

No prédio em frente repentinamente, ela abriu a janela

Propositalmente sensual indecente, nua como a lua tão bela

O amor o desejo a paixão, não tem hora pra acontecer

Misto de realidade ilusão, só Deus pode compreender

Dentro do meu, seu olhar

Uma sedução pela noite inteira

Ela de lá, eu de cá

Na proteção, da  penumbra da janela

Eu de cá ela de lá 

Fazendo com as mãos, um amor sem fronteira

O amor o desejo a paixão, não tem hora pra acontecer

Misto de realidade ilusão, só Deus pode compreender.//

Música 7433, R.Bozza.

O vão das coxas dela, Nº 7933

O vão das coxas dela

Os seus olhos, tão sempre buscando os meus

Com o afã de um passarinho

Os meus olhos, tão sempre buscando os seus

Feito um animal no cio

Entre nós dois não há inverno

É sempre verão ou primavera

Enquanto ela, sonha com o amor eterno

Eu sonho com o vão das coxas dela

Essa nossa troca de olhares

A gente sabe é jogo arriscado

Pode acabar em vitória

Pode acabar em fracasso

Ela é jovem solteira

Eu sou um velho casado.

Música 7933, R.Bozza.

Bicho mulher, Nº 7435

Bicho mulher 

Era madrugada, de um dia qualquer 

Por causa de Sônia, batia a insônia 

Que praga danada é o bicho mulher 

Abri a cortina, o frio da noite a cortar 

No prédio da esquina, a dona do terceiro andar 

Nua deliciosamente, maravilhosamente nua 

Chegou à janela, e me convidou para entrar 

Que semelhança, o nome da moça também era Sônia 

E veio a titônia, o amanhecer de outro dia qualquer 

Ela ainda em brasa, entre os lençóis me beijava 

Que bicho danado, é a praga mulher.// 

Música 7435, R.Bozza.

Por um triz, Nº 7436

Por um triz

Foi por um triz, o mel do nosso beijo

Culpa mais minha do que sua

Se a trama não aconteceu

Foi por um triz, porém faltou um tempo

Foi por pouco, mas muito pouco

O amor entre você e eu

Faltou carinho faltou ternura, claro que não

Sobrou juízo faltou loucura, faltou paixão

Somente eu fui culpado

Se hoje você não é minha, se hoje você não me quer

Com medo de um fracasso

Eu só conquistei a menina, eu não saciei a mulher.//

Música 7436, R.Bozza.

Louco ou bebido, Nº 7438

Louco ou bebido 

Depois de você 

Do nosso carinho, da nossa ternura 

Da nossa doce trama
Dentro e fora da cama 

Como é que vai ser 

Meus dias vazios, cheios de amargura  

Você já não me ama 

É tão triste o meu drama 

Quem inventou a arte de amar 

Devia estar louco ou bebido 

Louco, na mesa de algum bar 

Ou ébrio, trancado no hospício.// 

Música 7438, R.Bozza..

Juras, Nº 7443

Juras

Eu sou uma jovem rosa, dizem formosa gostosa

Botão a desabrochar

E você um velho cravo, já caindo no ocaso

Uma planta a definhar

Por isso amor e paixão

Vive sempre a me jurar

Se eu fosse uma velha rosa, não tão viçosa sem prosa

No ocaso a deslizar

E você um jovem cravo, atraente desejado

Com sede e fome de amar

Será que amor e paixão

Ainda iria me jurar.

Música 7443, R.Bozza / Maurício.

Dois amores, Nº 7450

Dois amores 

Poeta violeiro trovador, boêmio seresteiro cantador 

Compositor musical 

Conheci Ana Maria, no final de uma folia 

No estertor de um carnaval 

Por ela me afastei da boemia, desprezei a poesia 

Ensaquei o violão 

Por ela me despi da fantasia, cometi tanta heresia 

Desisti da ilusão

Quanta angústia tanta renúncia, tinha que dar no que deu

Em desencanto em desengano, em triste adeus

Agora, sem boemia sem amor

Eu choro, todo fel da minha dor

Fui eu mesmo o culpado dessa amarga solidão

Quis servir a dois amores, tendo no peito um só coração.//

Música 7450, R.Bozza.

A mão do tempo, Nº 7460

A mão do tempo

Quando conheci, o meu grande amor

Eu dancei quadrilha, eu pulei fogueira

Eu soltei balão

Estourei foguete, pela noite inteira

Eu bebi quentão

Só de brincadeira, me casei com ela

No arraial de são João 

Que é da quadrilha, que é da fogueira 

Que foi feito do balão 

Esse coitado, o homem malvado matou 

Destruiu toda ilusão

Onde estará meu grande amor 

A mocidade, a felicidade 

Tudo mão do tempo levou.// 

Música 7460, R.Bozza.

Desamor, Nº 7461

Desamor

Quando encontrei essa menina

Dancei quadrilha, pulei fogueira

Soltei o mais lindo balão

Casei com ela, de brincadeira

Num arraial de São João

Quando desvendei essa menina

Dancei quadrilha, pulei fogueira

Soltei o mais lindo balão

Casei com ela, foi coisa séria

Na igreja de São João

Depois, só de maldade sem piedade

O homem matou o balão

Levou, fatalidade luto e saudade

Aos arraiais de São João

Hoje, a alegria a fantasia

A poesia o meu amor

Tudo, que nesse mundo eu queria

Nas garras do tempo ficou.//

Música 7461, R.Bozza.

Coração sem juízo, Nº 7462

Coração sem juízo

Esse coração bandido, vai de novo causar dor

Mais uma vez dividido, entre a boemia e o amor

Uma é dona da minha casa, encanta meu ego

Com quem partilho a vida

A outra das noites de sexta, profana meu sexo

Uma paixão proibida

Eta coração mundano, leviano bandido

Insano doidivano, ah coração sem juízo

Vai de novo causar dor

Mais uma vez dividido

Entre a boemia e o amor.//

Música 7462, R.Bozza.

Ninguém escapa, Nº 7465

Ninguém escapa

Ele se passava por amigo

Batia no peito que era irmão

Ela a toda hora, sem motivo

Vivia jurando amor e paixão

Eles se encontravam escondidos

Num crime-pecado de traição

Vingança, foi tudo que ao santo amigo pedi

Vingança, deitei oferendas até conseguir

Embriagados despudorados, sozinhos em mesas de bar

Hoje vivem por aí, ao Deus dará

Do fel de tanta desgraça, sem piedade eu ri

Aqui se faz, aqui se paga

Enfim uma noite em paz eu dormi.//

Música 7465, R.Bozza.

Seus olhos, Nº 7466

Seus olhos

As vezes seus olhos, quase dourados

Me provam, como se eu fosse cerveja

Em outras vezes, quase esverdeados

Devoram, como se eu fosse uma presa

Quando dourados são flores, de amor e de paixão

Esverdeados são dores, espinhos de traição

Como também não sou santo

Em dobro devolvo os olhares

Coitados dos nossos donos

Coitados dos nossos pares.//

Música 7466, R.Bozza.

Sonhando acordado, Nº 7467

Sonhando acordado 

Do jeito que essa moça, anda me provocando
Com os olhos insinuando, o rosto encantando
A boca enfeitiçando, o corpo me excitando 

Às vezes é santa é fada, às vezes bruxa diaba

Acontece

Eu gosto dela, do modo que ela é

Sou vidrado

No seu jeito de menina, nos trejeitos de mulher

Também sou, metade anjo metade diabo

E vivo sonhando acordado, que de corpo e alma me quer.//

Música 7467, R.Bozza.