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sábado, 2 de outubro de 2010

Cadeira de rodas, Nº 268

Cadeira de rodas

Todo dia eu sigo a mesma rotina
Escondido atrás da velha cortina
Pra ver meu amor passar
Das cinco na ida pra escola
Eu fico contando as horas
Até onze na volta de lá

Sei que parece absurdo
Sinto através do veludo
O seu perfume entrar
Fico sonhando acordado
Docemente embriagado
Com o cheiro dela no ar

Rodo o quarto inteiro inquieto
Atropelando objetos
Num desespero cruel
Quem manda eu pobre coitado
Já ao inferno atirado
Sonhar com um anjo do céu

Apago a luz vou pra cama reclama o peito covarde
Por fugir não abrir a janela
Meu coração é preciso tomar juízo acorda
Como vou falar de amor pra ela
No suplício em que vivo
Preso a uma cadeira de rodas.//

Música 268, R.Bozza.





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