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terça-feira, 30 de abril de 2013

O menino, Nº 6005



O menino

Na escura viela, na suja lixeira
A Lua tão bela, quase por inteira
Vinte e cinco de Dezembro, a hora não lembro
Pra uns chegava o natal, pra outros data fatal
Meio branco meio negro
Embrulhado em jornal

Entregue à própria sorte, já a caminho da morte
Cedo ou tarde ela vem
Por ordem ou não do Divino, o caprichoso Destino
Chegou com as mãos de alguém

Cresceu sozinho, a viver pelas ruas
Comeu do lixo, culpa minha e sua
Criança-bicho, por testemunha a Lua

Vinte e cinco de Dezembro, a hora não lembro
Na noite da Lapa, na ponta da faca
Fundiu a cachola, no cheiro da cola
Faltou a esmola, por uma carteira
Cumpriu o seu fado, morreu sufocado
Na mesma lixeira.//

Música 6005, R.Bozza / R.F.Bozza.






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